EUA/GRÃ BRETANHA, 2013, 98 MIN., DRAMA
ELENCO:
JUDI DENCH
– PHILOMENA
STEVE
COOGAN – MARTIN SIXSMITH
Esse ótimo filme de Frears, o
mesmo diretor de A Rainha, conta com quatro indicações para o Oscar deste ano e
foi baseado no livro de Martin Sixsmith, The Lost Child of Philomena Lee. O
coautor e produtor é o comediante Steve Coogan, em uma brilhante apresentação
junto à magnífica atriz inglesa, Judi Dench, que torna tudo o que participa em
ouro. Frears nos conta uma história linear e bastante compreensível, apesar do
peso do drama, dando toques de humor para escapar de um melodrama
qualquer. Philomena foi uma jovem alegre
do início dos anos 50, na Irlanda. Engravidando muito jovem é levada pelos pais
e abandonada em um convento, onde as freiras recebiam essas meninas, fazendo-as
trabalhar desumanamente e dar os filhos para adoção, depois de nascidos. Eles
eram, na realidade, vendidos às famílias ricas americanas e o dinheiro usado no
convento?! Antony, filho de Philomena, parte, talvez aos três anos, para seu
desespero. Após cinquenta anos, a vemos entristecida com uma foto na mão,
despedindo-se da filha que vai trabalhar em uma festa. Mas ela percebe que algo
está muito errado e tenta persuadir a mãe a contar seu problema. Nesse ínterim,
um ex-jornalista da BBC está em um evento em que a filha de Philomena trabalharia
e lhe sugere se não gostaria de fazer uma história sobre um drama
humanitário. A princípio ele recusa, mas
acaba cedendo por falta de outro trabalho. Aí vamos saber o que realmente
ocorreu. Philomena tivera seu filho vendido e estava para fazer cinquenta anos,
sendo que jamais se esquecera da criança que era bastante sensível e amorosa. A
editora de Martin impõe que os dois sigam juntos para os Estado Unidos e contem
a verdade. A viagem, no começo, parece que vai ser um desastre, pois a heroína
fala muito e é uma pessoa simples e dotada de muita fé e compaixão. Aliás, essa
é a mensagem do filme. Chegando lá, fica empolgada com os hotéis, as comidas e
as pessoas, mas seu acompanhante sempre a trás de volta à verdadeira
finalidade. Não demoram muito e descobrem que ele era um famoso advogado,
trabalhando com dois presidentes americanos. Martin Sixsmith, através de um
vídeo, percebe que já havia visto o rapaz. Conseguem rapidamente achar seu
nome, mas infelizmente algo grava havia acontecido. Philomena quer voltar
imediatamente, mas acaba mudando de ideia e deseja saber tudo até o fim. Essa é
uma característica bem humorada dos cúmplices, quando um pensa ao contrário do
outro, o parceiro acaba cedendo. Judi Dench, segundo o jornal Estado de São
Paulo, quis conhecer Philomena para poder compor a personagem na dose certa. Os
heróis do filme mostram uma química perfeita, fazendo com suas apresentações um
filme muito bom. Imperdível, em Veneza conquistou a crítica e público. Philomena,
ainda viva, trabalha em um projeto onde várias mães dessa época estão à procura
de seus filhos e já falou com o atual papa sobre o assunto. Imperdível.
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