THE MUSIC
NEVER STOPPED, EUA, 2011, 105 MIN, DRAMA.
ELENCO:
J.K. SIMONS
– HENRY SAWYER
CARA
SEYMOUR – HELEN SAWYER
LOU TAYLOR
PUCCI – GABRIEL SAWYER
JULIA ORMOND – TERAPEUTA
Inspirado em um caso real do Dr.
Oliver Sacks, o drama dirigido por Jim Kohlberg, trata de um drama ocorrido nos
anos oitenta. Bom filme que conta a história da típica família americana Sawyer.
Ele, o marido provedor e engenheiro durão, e Helen, dona de casa com diploma
superior mas que nunca trabalhou fora, tendo dedicado sua vida ao lar. Em uma
noite eles recebem um telefonema de um hospital avisando que o filho Gabriel
estava internado e passando mal. Não fosse isso por si só um grande susto, eles
não o viam há vinte anos. Correndo de encontro ao rapaz, encontram um homem de
barba e cabelos enormes e de olhar perdido quase não os reconhecendo. Ele
estava com um enorme tumor no cérebro que, apesar de não ser maligno, afetara
duramente o órgão, principalmente a memória, devido ao crescimento e falta de
tratamento no tempo adequado. A memória era de sua juventude e quando
questionado não sabia o ano em que estava e nem a pergunta que havia sido
feita. Havia nascido em 1951 e no final dos anos 60 e começo dos 70 era um
jovem apaixonado por música que não queria seguir o caminho profissional
escolhido pelo pai, tendo como meta ter uma banda de roque e não terminar a universidade.
O filme é entremeado por flashbacks para compreendermos sua trajetória como
pessoa. Sua época era da contracultura e da Guerra do Vietnã, quando os jovens
se rebelaram contra ela. Todas suas músicas falavam de paz e harmonia. Em uma
das altercações com o pai, é mandado embora de casa sem dinheiro com uma
pequena maleta. Gabriel, agora, só consegue se relacionar através da música e é
quando seu pai descobre uma musicoterapeuta que vai tratá-lo com alguma
esperança de melhora. Os Sawyers são durões e unidos, mas a mãe mais sensível.
A finalidade do tratamento era que ele conseguisse fazer alguma vinculação com
o presente. Apesar de não estar satisfeito com o rumo das coisas, Henry, agora sem
trabalho, investe seu tempo procurando conhecer os ídolos do filho e tentando
decorar as letras, pois ele também era um fã ardoroso de música. O filme é intercalado
por bandas e composições fantásticas da época, indo assim até seu final. O todo
é interessante, mas o duro desencontro familiar poderia ter sido mais bem
explorado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário