segunda-feira, 17 de março de 2014

A MÚSICA NUNCA PAROU DE JIM KOHLBERG




THE MUSIC NEVER STOPPED, EUA, 2011, 105 MIN, DRAMA.
ELENCO:
J.K. SIMONS – HENRY SAWYER
CARA SEYMOUR – HELEN SAWYER
LOU TAYLOR PUCCI – GABRIEL SAWYER
JULIA ORMOND – TERAPEUTA
Inspirado em um caso real do Dr. Oliver Sacks, o drama dirigido por Jim Kohlberg, trata de um drama ocorrido nos anos oitenta. Bom filme que conta a história da típica família americana Sawyer. Ele, o marido provedor e engenheiro durão, e Helen, dona de casa com diploma superior mas que nunca trabalhou fora, tendo dedicado sua vida ao lar. Em uma noite eles recebem um telefonema de um hospital avisando que o filho Gabriel estava internado e passando mal. Não fosse isso por si só um grande susto, eles não o viam há vinte anos. Correndo de encontro ao rapaz, encontram um homem de barba e cabelos enormes e de olhar perdido quase não os reconhecendo. Ele estava com um enorme tumor no cérebro que, apesar de não ser maligno, afetara duramente o órgão, principalmente a memória, devido ao crescimento e falta de tratamento no tempo adequado. A memória era de sua juventude e quando questionado não sabia o ano em que estava e nem a pergunta que havia sido feita. Havia nascido em 1951 e no final dos anos 60 e começo dos 70 era um jovem apaixonado por música que não queria seguir o caminho profissional escolhido pelo pai, tendo como meta ter uma banda de roque e não terminar a universidade. O filme é entremeado por flashbacks para compreendermos sua trajetória como pessoa. Sua época era da contracultura e da Guerra do Vietnã, quando os jovens se rebelaram contra ela. Todas suas músicas falavam de paz e harmonia. Em uma das altercações com o pai, é mandado embora de casa sem dinheiro com uma pequena maleta. Gabriel, agora, só consegue se relacionar através da música e é quando seu pai descobre uma musicoterapeuta que vai tratá-lo com alguma esperança de melhora. Os Sawyers são durões e unidos, mas a mãe mais sensível. A finalidade do tratamento era que ele conseguisse fazer alguma vinculação com o presente. Apesar de não estar satisfeito com o rumo das coisas, Henry, agora sem trabalho, investe seu tempo procurando conhecer os ídolos do filho e tentando decorar as letras, pois ele também era um fã ardoroso de música. O filme é intercalado por bandas e composições fantásticas da época, indo assim até seu final. O todo é interessante, mas o duro desencontro familiar poderia ter sido mais bem explorado.



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