LE FILE DU PUISATIER, FRANÇA/2011, 107 MIN., DRAMA
ELENCO:
DANIEL AUTEUIL – CAMPONÊS
KAD MERDAD
NICOLAS DUVAUCHELLE - JACQUES
ASTRID BERGÈS-FRISBEY – FILHA DO CAMPONÊS – PATRÍCIA
Este leve e delicado filme é
muito apropriado para a época de Natal mesmo não sendo um tema natalino. Foi adaptado do romance La Fille du
Puisatier, escrito por Marcel Pagnol (1895-1974). Daniel Auteuil, um dos
melhores atores franceses, faz sua estreia como diretor, adaptador e
protagonista com grande competência. A história é singela; passa-se antes do
início da segunda Guerra Mundial, em uma pequena cidade, onde vivem Daniel
Auteuil, um posseiro viúvo, e suas cinco filhas. Uma delas, a belíssima Astrid,
é sua favorita, pois cuida das crianças, teve uma educação esmerada e leva
todos os dias o almoço para o pai. Numa dessas caminhadas, Patricia conhece o
aviador Jacques, por quem se apaixona. Ele admira sua beleza, mas não pensa em
casamento. Obrigado a partir rapidamente para a II Guerra, deixa a família rica
e esnobe, que o idolatra, pois é filho único. A cidade é pequena e todos se
conhecem. Eis que após sua partida, Patricia descobre que está grávida e como é
muito honesta, resolve pedir ajuda ao pai.
São cenas muito comoventes, visto que para um viúvo com a
responsabilidade de educar suas filhas acha que falhou. Contudo resolve levar
sua prole, muito bem arrumadinha, juntamente com a jovem de 18 anos e grávida,
para contar a verdade à família do noivo, que os maltratam fazendo com que
batam em retirada. No meio do caminho de volta, pede a Patricia que vá viver
com sua tia, para não envergonhar as menores. Ela parte e tem um lindo menino,
que era o sonho antigo de seu pai: ter um filho. Com muita relutância vão
conhecer o bebê, que já tem cerca de quatro meses e é lindo e risonho. Muito
emocionado, resolve encarar a comunidade e voltar a cuidar de toda a família.
Nesse ínterim, os outros avós ficam sabendo que o filho morrera e resolvem
visitar o neto e pedir desculpas para a família do poceiro. A situação não é
favorável para ninguém, principalmente para os avós paternos. Contudo a meiga
Patricia aceita o convite deles e leva o garoto algumas vezes para que possam conviver
juntos. Há uma séria disputa sobre o sobrenome, pois deveria ser o mesmo da mãe
solteira, do pai, do avô e bisavô. No terço final há uma reviravolta que
possibilitará a alegria de todos e um ponto final na disputa do sobrenome do
bebê. Claro que tudo acaba muito bem para os jovens, pois é um romance delicado
e para todas as idades.