JUSTE LA FIN DU MONDE, CANADÁ, FRANÇA, 2016, 97 MIN., DRAMA
ELENCO:
GASPAR ULLIEL – LOUIS
NATHALIE BAYE - MÃE
VICENT CASSEL – ANTOINE
LÉA SEYDOUX – SUZANNE
Este drama muito tenso, com
longos diálogos, fala de uma família disfuncional. O ótimo Xavier Dolan montou
o roteiro em cima de uma peça de teatro com o mesmo nome. Escuro, fatídico e cheio
de ressentimentos, o jovem escritor homossexual Louis está voltando para casa,
depois de doze anos, a fim de anunciar sua morte iminente. Nas primeiras cenas
vemos seu rosto e pensamentos, sua longa distância da família, e sua decisão
determinada de sair de casa, sem adeus ou desculpas. E agora, principalmente a
volta, também inesperada para se despedir de sua casa e familiares, onde as
discussões e os arrebatamentos eram tão frequentes. A mãe, apesar de amá-lo não
o compreende, a irmã, um garotinha na época, é uma jovem de 20 anos e o
primogênito, o ótimo Cassel, bem mais velho do que ele e um ser desajustado,
não sabem como lidar com a situação. São três gerações de filhos, todos
ressentidos entre eles e com os pais. Sua cunhada é a única pessoa mais calma e
que havia optado por chamar seu filho mais velho de Louis, como seu avô e tio.
O clima do filme é teatral e claustrofóbico, uma vez que se passa entre quatro
paredes. As enormes diferenças não serão resolvidas. A primeira cena de quando
chega e a última de quando se vai são fantásticas, pois ambas mostram um
relógio cuco, como uma metáfora sobre a visita de Louis. Imperdíveis. Bom
filme, contudo não deve agradar a todos, ou você mergulha nele ou detesta.
Ganhou o premio Grand Prix em Cannes, no festival de 2016. O diretor canadense
é muito jovem e todos seus longas receberam premiações.