MARK FELT:
THE MAN WHO BROUGHT DOWN THE WHITE HOUSE, EUA, 2017, 103 MIN., BIOGRAFIA
ELENCO:
LIAM NEESON
- MARK FELT
DIANE LANE
– AUDREY FELT
MAIKA MONROE – JAON FELT, FILHA DOS FELT
JOSH LUCAS – CHARLES BATES
MARTON CSOKAS – PAT GRAY
Thriller de espionagem bem dirigido
e escrito por Peter Landesman, 2017, baseado na autobiografia do vice-presidente
do FBI, Mark Felt, escrita com John O’Connor. Muito interessante por vermos o
escândalo do famoso Watergate, que provocou a renúncia do presidente Richard
Nixon em 1974, por estar envolvido em tremendos escândalos da época, na Casa
Branca. Edgar Hoover era presidente do FBI. Com sua morte inesperada, em 1972, Felt, que trabalhava no FBI há trinta
anos, acreditava ser nomeado como presidente, pois era ele a pessoa que
filtrava todas as informações que seriam passadas a Hoover. Entretanto para
desapontamento de sua esposa e dele, Nixon escolhe um “outsider” (de fora) para
ocupar o cargo, Pat Gray. Isso vem como uma bomba para a equipe que já investigava
o caso Watergate, envolvendo o presidente dos Estados Unidos e qual seria a
extensão de sua inclusão. Em 1972 cinco homens foram presos, suspeitos de
implantarem escutas na sede dos Democratas, uma vez que Nixon era republico. Mark
Felt dedicara sua vida para melhor servir a corporação e começou a enviar
mensagens secretas para os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein do Washington Post. Era tão conhecido no
jornal que passou a ter a alcunha de Garganta Profunda dentro da mídia. Esse já
era o segundo mandato de Nixon e mesmo antes de ele se reeleger, Felt fez o
possível para pegá-lo sem sucesso. Em sua vida particular ocorria outro grande
drama, pois sua filha, diferenciada como aluna, havia desaparecido sem deixar
pistas. Audrey Felt cobrava o marido por não fazer uma investigação sobre ela,
mas sempre contrapunha que não se sabia
até onde isso levaria. Entretanto, fazia uma grande sondagem particular do
caso. Pat Gray quer acabar com a
investigação, mas Felt sempre contestava pelo fato daquele ser um órgão
autônomo. O filme prende a tenção da plateia desde o início, 195 dias antes das
próximas eleições que elegeriam Nixon. A
ação do filme é intensa, com diálogos rápidos e bem redigidos. À medida que o
tempo avança, o casal consegue encontrar a filha e seu bebê, mas o caso
Watergate continuava sem solução. Aposentado a força em 1973, continua seguindo
o caso. Em 1974 as investigações chegam ao final, com a renúncia do presidente.
Em um julgamento não revela sua posição como Deep Throath, mas em 2005 resolve
divulgar sua verdadeira identidade para a Vanity Fair, aconselhado por sua
filha. A interpretação de Liam Neeson é impecável, somente seu olhar
transmitindo alguma coisa, seu corpo e gestos são sempre serenos e corretos.
Diane Lane também está ótima como a esposa enamorada do poderoso marido. A
atriz ficou decepcionada com os vários cortes feitos com suas cenas, aparecendo
apenas algumas tomadas. Ótimo filme. Imperdível.