BEN-HUR,
EUA, 2016, 124 MIN., ÉPICO.
JACK HUSTON – JUDAH BEN-HUR
TOBY KEBB – MESSALA
RODRIGO SANTORO – JESUS
MORGAN FREEMAN – SHEIK ILDERIM
NAZADIM BONIADI - ESTER
Inspirado no livro do americano
Lew Wallacem (1880), o longa é um épico feito de maneira moderna e bem
sucedida. O diretor cazaque, Timur Bekmambetov, ótimo em fitas de ação
reconstrói essa história bíblica, passada em 33 D.C., ano da morte de Jesus.
Nela resgata o valor da família, atos heroicos, religião e a crueldade humana,
representada pelo então exército romano. Judah é um príncipe judeu, casado com
Ester, e tem uma relação amorosa profunda com seu irmão de criação, Messala.
Quando o exército romano invade Jerusalém, Messala, após um desentendimento com
Judah, já havia integrado aquele exército. Salvo por Judah, um jovem zelote,
inimigo mortal dos romanos, atira uma flecha no chefe romano e a consequência
de tal ato é o banimento da família de seu palácio, crucificação das mulheres e
ida de Judah para as galeras romanas como escravo. As espetaculares cenas de
batalhas marítimas com a Grécia são focadas nos remadores, onde se encontra
Judah, mais velho e muito fortalecido, cinco anos depois. Após a derrota
romana, ele consegue se salvar e se tornar protegido de um sheik núbio (Morgan
Freeman). Lá é tratado e, amante de cavalos e profundo conhecedor deles,
aprende a correr com a biga, pois essa será a vingança contra o irmão traidor e
o império romano. A família Ben-Hur havia salvado o menino Messala, para provar
que poderia haver paz na Judeia e harmonia entre os povos. A única maneira de
Judah conseguir vingar sua família seria durante a apresentação do circo
romano, onde sedentos por sangue, a corrida era a única opção de vitória, pois
considerada um esporte, tinha regras legítimas. Encorajado por seu mentor núbio,
torna-se um ás nesse esporte e parte para a competição, anos depois. Para sua
surpresa sua mulher encontra-se viva e era uma seguidora da nova religião,
pregada por Jesus, que incentivava o perdão e amor ao próximo, algo muito
parecido com que os pais de Judah acreditavam. As ótimas cenas da batalha naval
e as incríveis reviravoltas da corrida de bigas são o ponto alto do filme. Bom
filme, com apresentações dos atores muito convincentes, desde Judah, Messala e
o brasileiro, Rodrigo Santoro, como Jesus. Épico com conteúdo. A crítica
estrangeira, como um todo, não segue minha opinião.