HOLANDA-EUA/2013, 100 MIN. DRAMA.
ELENCO:
CARICE VAN
HOUTEN - SOFIE
JELKA VAN
HOUTEN – DAAN
HOLLY
HUNTER – JACKIE
Este road movie dirigido pela
talentosa Antoinette Beumer escolhe um tema já bastante falado nos cinemas, mas
com um toque bem especial. O filme começa na Holanda, onde vive uma família
feliz e diferenciada, pois os pais eram dois gays, agora mais velhos, que
contrataram uma barriga de aluguel e estão com duas filhas gêmeas, Sofie e
Daan, adultas. Elas sabem perfeitamente do histórico familiar, contudo nunca
mostraram nenhum interesse, aparentemente, em conhecer a mãe biológica. Contudo
um dia recebem um telefonema dos Estados Unidos, avisando que a mãe fora encontrada
desacordada e a única pista encontrada pela polícia era uma foto antiga e o
paradeiro das moças. Jackie, a mãe biológica nunca as procurou, e agora está
com uma doença grave, a perna engessada e não tem parentes nos Estados Unidos;
elas seriam as únicas. Com um casamento desgastado e mais afetiva, Sofie
convence Daan a acompanhá-la para o fim do mundo, onde mora a mãe, uma ex-hippie,
já envelhecida mas com o mesmo estilo de vida, vivendo em um trailer aos
pedaços, nas cercanias de Novo México próximo ao deserto. Holly Hunter, ótima,
no papel dessa mãe é uma figura estranha, mal humorada, sem senso de humor,
recebendo friamente suas filhas. Poucas palavras parece ser o DNA da
família. Sem qualquer emoção não
agradece a deferência e elas quase se arrependem da longa viagem, mas resolvem levá-la
ao centro de reabilitação em seu próprio veículo. Com o passar do filme, na
estrada, coisas interessantes vão acontecendo a essa pequena família, que
parecem uni-las com algum calor. As jovens vão se redescobrindo e a mãe se
abrindo cada vez mais. A química entre os personagens é grande o que
proporciona momentos de emoção e sentimento. O final é o único possível e a
trama se desenrola com bastante veracidade e humor. Uma curiosidade: as irmãs
holandesas são irmãs na vida real.