sexta-feira, 6 de outubro de 2017

EXODUS - DE ONDE EU VIM NÃO EXISTE MAIS DE HANK LEVINE




ALEMANHA-BRASIL, 2016, 105 MIN., DOCUMENTÁRIO.
ELENCO:


VOZES DE WAGNER MOURA, JULE BÖWE


Esse ótimo documentário relata as dramáticas histórias de refugiados de diferentes partes do mundo. O diretor, Hank Levine, acompanhou por dois anos as jornadas de Napuli, Tarcha, Nizar, Bruno, Dana e Lahtow e esposa. O filme concentra-se na chegada e vida dessas pessoas no local de exílio e não nas catástrofes de suas fugas. Documentário muito bem produzido, de fotografia impecável, mostra como esses fugitivos do continente africano e oriente são tratados nos campos de refugiados. Às vezes bem, mas a maior parte deles com se fossem criminosos, esquecendo-se da dor de deixar tudo para trás e encarar o desconhecido. Alguns se rebelam, caso dos moradores do Saara Ocidental. Uma senhora não se conforma com sua condição, vivendo em uma barraca com a família, e chega perto do muro, construído por Marrocos, jogando pedras e areia contra os sodados, ameaçando-os. Os refugiados de Mianmar, pai, mãe e filho não têm sorte melhor e não conseguem voltar à sua aldeia, não longe dali. Uma bela e inteligente negra, ativista africana, vai para a Alemanha e consegue, apesar da diferença cultural, casar-se com um alemão, melhorando suas condições. Os campos de refugiados da Alemanha, apesar de limpos, são como uma prisão, de lá ninguém pode sair. Há pessoas que ficaram detidas por mais de 14 anos a fim de conseguir seus papéis, permitindo possibilidades de trabalho. Os únicos que se saem melhor são uma garota síria, que chega a São Paulo, onde logo consegue emprego em uma mesquita, a fim de partir para o Canadá, onde encontra-se parte da família. O outro, um jovem rapaz, de origem árabe depois de chegar ao Brasil e conseguir um emprego modesto, parte para Cuba, onde seu irmão mais velho estuda medicina, profissão que também escolheu. Depois de formado, o irmão segue para a Alemanha, deixando-o esperançoso. São destinos muito tristes e bem esclarecedores sobre o calvário que passa
m essas pessoas, obrigadas a fugir. O que continua acontecendo cada vez mais. Imperdível. 

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