ALEMANHA-BRASIL, 2016, 105 MIN., DOCUMENTÁRIO.
ELENCO:
VOZES DE WAGNER MOURA, JULE BÖWE
Esse ótimo documentário relata as
dramáticas histórias de refugiados de diferentes partes do mundo. O diretor,
Hank Levine, acompanhou por dois anos as jornadas de Napuli, Tarcha, Nizar,
Bruno, Dana e Lahtow e esposa. O filme concentra-se na chegada e vida dessas
pessoas no local de exílio e não nas catástrofes de suas fugas. Documentário
muito bem produzido, de fotografia impecável, mostra como esses fugitivos do
continente africano e oriente são tratados nos campos de refugiados. Às vezes
bem, mas a maior parte deles com se fossem criminosos, esquecendo-se da dor de
deixar tudo para trás e encarar o desconhecido. Alguns se rebelam, caso dos
moradores do Saara Ocidental. Uma senhora não se conforma com sua condição,
vivendo em uma barraca com a família, e chega perto do muro, construído por
Marrocos, jogando pedras e areia contra os sodados, ameaçando-os. Os refugiados
de Mianmar, pai, mãe e filho não têm sorte melhor e não conseguem voltar à sua
aldeia, não longe dali. Uma bela e inteligente negra, ativista africana, vai
para a Alemanha e consegue, apesar da diferença cultural, casar-se com um alemão,
melhorando suas condições. Os campos de refugiados da Alemanha, apesar de
limpos, são como uma prisão, de lá ninguém pode sair. Há pessoas que ficaram
detidas por mais de 14 anos a fim de conseguir seus papéis, permitindo
possibilidades de trabalho. Os únicos que se saem melhor são uma garota síria,
que chega a São Paulo, onde logo consegue emprego em uma mesquita, a fim de
partir para o Canadá, onde encontra-se parte da família. O outro, um jovem
rapaz, de origem árabe depois de chegar ao Brasil e conseguir um emprego modesto,
parte para Cuba, onde seu irmão mais velho estuda medicina, profissão que
também escolheu. Depois de formado, o irmão segue para a Alemanha, deixando-o
esperançoso. São destinos muito tristes e bem esclarecedores sobre o calvário
que passa
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