THE SHAPE
OF WATER, ESTADOS UNIDOS, 2017, 103 MIN., FANTASIA.
ELENCO:
SALLY HAWKINS – ELISA
DOUG JONES – HOMEM-PEIXE
MICHAEL
STUHLBARG – AGENTE FEDERAL
RICHARD
JENKINS – GILES
OCTAVIA SPENCER – ZELDA, MELHOR AMIGA DE ELISA
ALEXANDRE DESPLAT – TRILHA SONORA
Esse longa de Guillermo Del Toro
estreia com 13 indicações ao Oscar. É um obscuro conto de fadas para adultos,
passado nos anos da guerra fria (1962), mas com elementos que ainda incomodam
muito nos dias atuais. Os personagens principais são discriminados pela
sociedade. A heroína, Elisa, é uma jovem faxineira, que não pode falar, mas
ouve, e trabalha em um laboratório governamental de alta segurança. Seu vizinho
e confidente é um senhor gay, ótimo desenhista e marqueteiro, em fim de
carreira, tentando vender seu trabalho para o estado. Zelda, colega de trabalho
e melhor amiga, é negra, invisível para os homens e ao seu marido, mas feliz
com sua cor de pele e vida, muito independente e pragmática. Elisa se comunica
com a linguagem de gestos dos surdos mudos, mas isso não impedirá sua relação
com as pessoas ao redor. Michael Stuhlbarg é agente federal e contrabandeou do
rio Amazonas A Forma, um belo e forte homem peixe, que ficará em uma espécie de
piscina no laboratório para ser estudado e quem sabe mandado para o espaço, uma
vez que os russos já haviam conseguido fazer isso com um animal. Elisa sem
preconceitos de qualquer forma tentará se aproximar da Forma, a fim de manter
um contato com ele e é bem sucedida, oferecendo-lhe ovos cozidos para comer e
tocando músicas populares da época em um pequeno aparelho portátil. Por
incrível que pareça, acontece uma paixão entre esses seres que não pertencem à
mesma espécie, como nos contos de fada. No laboratório trabalha no projeto,
Dimitri, um cientista renomado. Ele observará que essas duas criaturas
conseguem se comunicar, para seu espanto total. Na verdade ele é um agente
russo infiltrado naquele lugar. A trilha sonora, premiada no Globo de Ouro,
disputará o Oscar e tem papel fundamental na estória. A falta de diálogo de
Elisa, desperta o interesse do agente federal, cuja mulher não se cala um
minuto. Explorando a periferia social, sexualidade, homofobia, racismo e
assédio sexual, o diretor faz do filme um grande sucesso. Imperdível!
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