segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

A FORMA DA ÁGUA DE GUILLERMO DEL TORO








THE SHAPE OF WATER, ESTADOS UNIDOS, 2017, 103 MIN., FANTASIA.
ELENCO:

SALLY HAWKINS – ELISA
DOUG JONES – HOMEM-PEIXE
MICHAEL STUHLBARG – AGENTE FEDERAL
RICHARD JENKINS – GILES
OCTAVIA SPENCER – ZELDA, MELHOR AMIGA DE ELISA
ALEXANDRE DESPLAT – TRILHA SONORA


Esse longa de Guillermo Del Toro estreia com 13 indicações ao Oscar. É um obscuro conto de fadas para adultos, passado nos anos da guerra fria (1962), mas com elementos que ainda incomodam muito nos dias atuais. Os personagens principais são discriminados pela sociedade. A heroína, Elisa, é uma jovem faxineira, que não pode falar, mas ouve, e trabalha em um laboratório governamental de alta segurança. Seu vizinho e confidente é um senhor gay, ótimo desenhista e marqueteiro, em fim de carreira, tentando vender seu trabalho para o estado. Zelda, colega de trabalho e melhor amiga, é negra, invisível para os homens e ao seu marido, mas feliz com sua cor de pele e vida, muito independente e pragmática. Elisa se comunica com a linguagem de gestos dos surdos mudos, mas isso não impedirá sua relação com as pessoas ao redor. Michael Stuhlbarg é agente federal e contrabandeou do rio Amazonas A Forma, um belo e forte homem peixe, que ficará em uma espécie de piscina no laboratório para ser estudado e quem sabe mandado para o espaço, uma vez que os russos já haviam conseguido fazer isso com um animal. Elisa sem preconceitos de qualquer forma tentará se aproximar da Forma, a fim de manter um contato com ele e é bem sucedida, oferecendo-lhe ovos cozidos para comer e tocando músicas populares da época em um pequeno aparelho portátil. Por incrível que pareça, acontece uma paixão entre esses seres que não pertencem à mesma espécie, como nos contos de fada. No laboratório trabalha no projeto, Dimitri, um cientista renomado. Ele observará que essas duas criaturas conseguem se comunicar, para seu espanto total. Na verdade ele é um agente russo infiltrado naquele lugar. A trilha sonora, premiada no Globo de Ouro, disputará o Oscar e tem papel fundamental na estória. A falta de diálogo de Elisa, desperta o interesse do agente federal, cuja mulher não se cala um minuto. Explorando a periferia social, sexualidade, homofobia, racismo e assédio sexual, o diretor faz do filme um grande sucesso. Imperdível!

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