LIZZIE, ESTADOS UNIDOS, 2018, 105 MIN., SUSPENSE.
ELENCO:
CHLOË
SEVIGNY – LIZZIE BORDEN
KRISTEN
STEWART – BRIDGET SULLIVAN
JAMEY SHERIDAN – ANDREW BORDEN
Um drama verdadeiro, ocorrido em
1892, retrata a vida de Lizzie Borden, americana de Fall River, Massachusetts.
Sua vida foi uma sucessão de desentendimentos com o pai que a oprimia como
todos da época vitoriana. Esse é um lado interessante, pois vemos as grandes
dificuldades que todas as mulheres da época passavam. Perdera a mãe muito
pequena e seu pai, Andrew, casa-se novamente. A madrasta também não era
amigável, fazendo da vida dela e sua irmã um desastre. Lizzie não era uma
mulher qualquer, solteira aos 32 anos levava uma vida independente,
contrariando a sociedade de então, apesar da saúde muito frágil. O filme começa
com uma jovem dando um depoimento e volta seis meses no tempo. Trata-se de uma mulher
irlandesa que servia há pouco tempo como criada de Lizzie e da casa.
Lizzie aproxima-se de Bridget Sullivan e
uma amizade nasce entre elas, a ponto da jovem milionária voltar a ensinar sua
amiga a ler e escrever. O pai fica cada vez mais rico, apesar de usurário, com
a compra de fazendas ao redor de sua propriedade, de pequenos colonos que não
tinham como quitar suas dívidas. Cartas
ameaçadoras surgem diariamente contra ele, ameaçando-o, sempre com a mesma
caligrafia. A doença de Lizze era sofrer convulsões, que à época não conseguiam
ser tratadas e entendidas. Ela se tornara uma mulher frágil e com possibilidades
de desmaiar a qualquer instante. Bridget
era seu porto seguro e vice-versa, pois depois de alfabetizada trocavam
bilhetes e cartas. Seu refúgio era um celeiro no fundo da casa onde podia refletir e ficar só. Um dia
surge um tio sem caráter e ela ouve que ele seria o responsável pela fortuna do
pai, caso viesse a morrer. Isso a deixa transtornada e começa o thriller. Teria
de resolver essa questão de qualquer modo, pois se o pai morresse antes da
mulher a herança iria para a família da madrasta. Indignada planeja uma saída
muito peculiar para essa situação, com a ajuda de Bridget, que era molestada
por ele. A saída é sangrenta e violenta, mas tudo sai exatamente como
planejado, menos seu imenso carinho por Bridget, que depois disso desaparece de
sua vida. Após dois assassinatos ocorridos nessa casa, Lizzie é considerada a
culpada mais provável e é presa, mas por sua retidão e postura inabalável é
considerada inocente e vive até os 66 anos, sem se casar, por problemas de
saúde. A jovem irlandesa tem uma última conversa com ela na prisão e
desaparece, vindo a morrer muitos anos depois, aos oitenta e tantos anos. A
atuação da magnífica Chloë Sevigny é impecável, apesar de alguns críticos a
considerarem um pouco fria. Kristen Stewart não fica atrás. Bom filme de época
e no terço final um ótimo suspense. Recomendo o programa! Veja biografia, pois
há várias versões do caso.
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