sábado, 17 de abril de 2010

VIDAS QUE SE CRUZAM DE GUILLERMO ARRIAGA







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THE BURNING PLAIN (baseado em experiências pessoais)

O drama desse roteirista premiado, nascido no México, estréia sua carreira como diretor. Escreveu com Iñárritu os ótimos Amores Brutos e 21 Gramas. Essa é uma história que, como outros filmes em cartaz, nos mostra a saga de duas famílias influenciadas pelo comportamento de seus pais. A originalidade do filme está mais em sua narrativa não linear. Um trailer explode e pega fogo, matando quem estava lá. Há cenas de luto e dor e também de choque e exasperação. Os ocupantes eram uma linda mulher, Gina, (ótima Kim Basinger) e seu amante. Neste drama, o romance de Gina marcará para sempre o destino de sua filha Mariana (excelente Charlize Theron, na fase de Sylvia) e de sua neta Maria. Depois de passar por uma séria cirurgia e ser, de certo modo ser rejeitada pelo marido, essa mulher com três filhos se envolverá com um homem, Nick, (Joaquim de Almeida) que é também casado com dois filhos adolescentes. Ambos morreram carbonizados e colados um ao outro. Uma grande curiosidade apossa-se de seu filho e da lindíssima Mariana (Jeniffer Lawrence - premio de melhor atriz), os quais terão suas vidas entrelaçadas, a fim de descobrirem o que havia de fato entre essas duas pessoas tão queridas. O giro no tempo que o filme faz é exatamente para esclarecer os mistérios presentes. Mariana, que de certa forma toma o lugar da mãe na guarda dos irmãos, se sente incomodada com suas atitudes e resolve ver o que está ocorrendo com Gina. Obviamente descobre e tenta separar esse casal adúltero. Com sua imaturidade passa a seguir de perto sua mãe e ver cenas para as quais não estava, absolutamente, preparada. Sua fascinação pelo garoto é imediata e eles iniciam um tórrido romance. Quando isso é descoberto a repulsa das duas famílias é igual. Sentem-se afrontadas. Nos caminhos da narração vemos que existe uma mulher fria, Sylvia, que despudoradamente foge de si mesma, mantendo relações sexuais com vários homens, sem nunca amá-los. Sylvia é uma espécie de continuação de Mariana, que não conseguira sobreviver ao peso de seu amor juvenil. Maria, o resultado disso, vive com o pai, que é piloto de monomotor, e em circunstâncias especiais conhece sua mãe, tentando refazer sua família. Um grande drama encerra essas ligações, o que nos prende ao enredo bem construído. Segundo o jornal Estado de São Paulo, Arriaga considera que esse filme é realmente dele, pois testemunhara um incêndio quando criança, que o inspirou a fazer a obra. Havia muitas discussões entre ele e Iñárritu quanto à autoria dos filmes. Essa obra obteve duas indicações e um premio para Jennifer Lawrence.

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