segunda-feira, 21 de junho de 2010

A JOVEM RAINHA VITÓRIA DE JEAN-MARC VALLÉ













THE YOUNG VICTORIA Inglaterra- Estados Unidos 2009

Esse é um ótimo drama histórico, que foca a famosa Rainha Victória (maravilhosa Emily Blunt), desde seus primeiros anos de vida. Com eficiente roteiro de Julian Fellows e ótima direção de Vallée. Victória, vivaz menina pré-adolescente é vigiada por sua fria mãe e seu conselheiro Conroy, que tentam manipulá-la de qualquer maneira para assumirem a regência, mas a garota inteligente quer sua liberdade e seu poder quando crescer. Nasceu para ser rainha, apesar de todos os cuidados e restrições por que passa. É um período bastante conturbado para os ingleses. No parlamento várias discussões entre os partidos políticos e além do mais, esperavam a morte do rei, Guilherme IV, e o casal citado ambicionava administrar como regentes. Ocorre que apesar de doente o rei quer que sua sobrinha favorita ganhe a coroa real, por achá-la brilhante. A situação do povo é desesperadora pela pobreza e ineficiência do governo da época. À medida que Victória cresce vai se afirmando como pessoa e não gostaria de ser manobrada por ninguém. Aos dezoito anos, finalmente, é coroada rainha da Inglaterra e não faltam pessoas querendo que se case por conveniência ou para orientá-la. O rei Leopoldo da Bélgica arma um plano para que o saxônico príncipe Albert, o ótimo Rupert Friend, a vigie e se case com a prima. Ao se conhecerem surge, contudo, uma sincera admiração entre os dois jovens, por terem muitos pontos em comum como a filantropia que Albert defendia, a mesma esfera em que ela queria atuar. Ao insinuar-se para ela, contudo, é lembrado que deve esperar que ela o chame quando precisar. Nesse período fica muito próxima do Primeiro Ministro, o eficiente político Melbourne, que tenta aconselhá-la e formar seu séquito de damas de companhia. Porém com sua saída do Parlamento, a jovem insegura não quer mudar suas aias, como pedia o regime, o que desencadeia uma grave crise política. Vêm ao seu auxílio a viúva do rei e o perspicaz príncipe Albert, que se encontra verdadeiramente apaixonado por ela, aceitando seu pedido de casamento. Terão somente três dias de lua de mel, pois uma rainha não poderia afastar-se de seus afazeres. São três dias de amor e confiabilidade. Essa jovem, porém, sente-se também manipulada pelo marido, que não se intimida e a salva de um grave atentado contra sua vida, quando passeavam de carruagem próxima ao povo. Ele é alvejado em seu lugar, sendo ferido gravemente. Fora a prova de amor que precisava e em seguida eles têm seu primeiro filho. O filme acaba aí, mas nos é relatado que tiveram nove filhos e que ele morrera com apenas 42 anos de febre tifóide. Foi um amor eterno enquanto durou e bem correspondido, pois ele mostrou-se um excelente conselheiro. Ela reinou viúva até 1901. Esse foi o reinado mais longo da Inglaterra. O filme vale pelo frescor dado a Victória, sempre retratada com uma mulher madura e severa. O belíssimo palácio de Buckingham em Londres, hoje moradia oficial da realeza, foi usado primeiramente pelo jovem casal. Sabemos também que ela adorava dançar, jogar xadrez, ler e apesar de não ser bonita era passional em todos os sentidos. Falava francês, alemão e pintava. O figurino é excelente, a coroação maravilhosa, as músicas e danças deliciosas e as fofocas reais muito divertidas. Um grande programa.
Curiosidade: a Índia foi anexada à Inglaterra durante seu reinado, tornando-a imperatriz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Reca

Permita-me uma correcao, o querido albert faleceu com 42 anos. Veja o livro Vitoria de Anka Muhlstein publicado pela cia de Letras.
ele morreu muito cedo, e ela abertamente viveu a sua ausencia, nas suas açoes e cartas.