THE GRAND BUDAPEST HOTEL, REINO UNIDO, ALEMANHA/2013, COMÉDIA.
ELENCO:
RALPH FIENNES – GERENTE – GUSTAV H.
TONY REVOLORI – JOVEM ZERO MOUSTAFA
F. MURRAY ABRAHAN – VELHO ZERO MUSTAFA
JUDE LAW – O AUTOR
TILDA SWINTON – MADAME D.
Ao nos depararmos com um trabalho
do ótimo diretor Wes Anderson sabemos que é coisa fina. Essa comédia que acaba
de estrear não é diferente, realizada com personagens excêntricos, cenários
grandiosos da Belle Époque e Alpes fantasiosos. Essa quase fábula literária
baseia-se livremente em um trabalho de Stefan Zweig, que morreu no Brasil,
Petrópolis, em 1942. O filme começa com uma garota indo prestar homenagem ao “O
Autor”, uma escultura repleta de lembranças de adolescentes. Lá ela começa a ler
o livro que será descrito neste longa. Em um país fictício, Zubrowka, existia
nos anos de 1932, período entre guerras, um luxuoso hotel “Grande Hotel
Budapeste” nos Alpes, que era frequentado pela aristocracia, principalmente
mulheres idosas e loiras, quase todas amantes de Gustav, um tipo fino e
discreto que solucionava todos os problemas dos hóspedes, quase como magia.
Isso encantava essas senhoras poderosas que viam nele um amante perfeito. Isso
nos é mostrado porque o Autor, já mais velho, vai ao local, agora decadente
apesar da beleza e encontrando o velho Mustafa, pergunta-lhe como foi sua
história ao comprar o hotel. É complicado, mas muito bem explicado. M. Gustav
era gerente desta joia e conhecia todas as histórias de seus clientes. Recebe,
um dia, como lobby boy o inteligente Mustafá, menino refugiado de guerra, em
seu hotel e ele corresponde a todas as expectativas possíveis. Gustav treina-o
com requinte, mas ocorre uma guerra e, além disso, o concierge é suspeito do
assassinato de uma de suas clientes, uma idosa de 84 anos (Tilda Swinton) que
deixara um testamento em que ele era um dos beneficiários. A família que nunca
se importara com ela vai reagir fortemente a isso. Teremos então uma sequência
de aventura, mistério, política e comédia sarcástica das melhores. Um valiosíssimo
quadro será roubado, pessoas assassinadas, prisões efetuadas, ladrões em fuga,
oficiais comprometidos e uma série incrível de desencontros e encontros,
incluindo um segundo testamento. Essa é a crítica que Anderson faz de uma elite
que não poupa ninguém, mas tenta manter as aparências. Frases de efeito são bem
vindas e a comédia, misturada com suspense, agrada tremendamente. Finalmente, o
hotel vai parar nas mãos do amante por algum tempo e depois será herdado pelo
menino refugiado, que se casará com uma confeiteira. O longa ganhou o Grande
Prêmio do Júri do Festival de Berlim de 2014. O desempenho do jovem Mustafa é
admirável, assim como de todo o elenco estreladíssimo que se orgulha de
trabalhar com esse diretor. Programa absolutamente imperdível, com fortes
alusões à suástica nazista.
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