terça-feira, 2 de junho de 2015

OS HOMENS QUE ELAS AMAVAM DEMAIS DE ANDRÉ TÉCHINÉ






L’HOMME QU’0N AIMAIT TROP, FRANÇA, 2014, DRAMA, 116 MIN.
ELENCO:
ADÈLE HAENEL – AGNÈS ROUX
CATHERINE DENEUVE – RENÉE LE ROUX
GUILHAUME CANET – MAURICE AGNELET
André Téchiné vale-se de um escândalo real, ocorrido na França no ano de 1976, para contar a história de uma viúva riquíssima, Renée Le Roux, seu advogado, Maurice Agnelet e a única filha muito jovem, Agnès Le Roux. Renée é dona de um cassino na Riviera Francesa e tem como braço direto seu advogado Maurice. Sua jovem filha acaba de desmanchar um casamento na África do Sul e vai para casa, a fim de rever a mãe e reivindicar sua parte da herança paterna. É uma jovem saudável e esportista, mas que se encontra fragilizada pelo romance desfeito. Sua mãe é o tipo de mulher que expõe muito a filha e a cobra por qualquer atitude, sendo o relacionamento entre elas bastante conflituoso. Renée vem sendo acossada pela máfia italiana, dona de um cassino concorrente, e a viúva está tensa para manter sua fortuna. Agnès quer viver sua vida e pede a parte de sua herança, tendo como resposta uma negativa consistente. Apesar disso consegue abrir uma pequena loja de livros e objetos exóticos e aluga um acanhado apartamento. Tudo isso com a ajuda do charmoso e manipulador advogado de sua mãe. Ele é bem mais velho, casado, pai de um filho, mas sendo alpinista social e sem qualquer moral, seduz a jovem que cairia na lábia do primeiro homem atencioso que aparecesse. Depois de conquistar seu amor, convence-a a abrir uma conta altíssima em nome dos dois. Ela sabe que Maurice tem uma família, contudo, apaixonada, acredita que poderá ficar com ele. Nesse ínterim, vemos que Maurice tem os dois pés no lado italiano e mafioso, ajudando a levar Renée à bancarrota.  É traída por Maurice que conduz a filha a votar contra ela e embolsar três milhões de francos.  Depois de esse fato financeiro estar sacramentado e o dinheiro em seu nome, ignora a heroína fazendo com que ela perca o pouco de segurança que ainda tinha. Ela não quer ouvir os conselhos da mãe, muito menos vê-la. No auge da angústia tenta se matar e mais tarde, some para não mais aparecer, enquanto Maurice foge com a família para a América Central. Renée tenta provar que Agnès fora assassinada pelo ex-amante e depois de trinta anos, já sem nenhum dinheiro, abre um processo contra ele. Ocorre que o júri e a justiça o consideram inocente pela ausência do corpo. Mas Renée não desistirá e outro processo realiza-se, também sem sucesso. Contudo, um terceiro processo ocorrido há mais ou menos 2 anos é aberto por um personagem de sua família, que não se espera que tenha essa atitude e ele é preso por assassinato e ocultação de cadáver. Um caso e tanto que abalou a sociedade francesa da época e atual. Apesar de bom, o filme torna-se um pouco arrastado. As intepretações são muito boas, especialmente a de Adèle Haenel. O filme foi baseado no livro escrito por Renée e Jean-Charles. IMPORTANTE - Espere até que o filme termine, pois os desdobramentos dos processos serão apontados na tela.

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