L’HOMME QU’0N AIMAIT TROP, FRANÇA, 2014, DRAMA, 116 MIN.
ELENCO:
ADÈLE HAENEL – AGNÈS ROUX
CATHERINE DENEUVE – RENÉE LE ROUX
GUILHAUME CANET – MAURICE AGNELET
André Téchiné vale-se de um escândalo
real, ocorrido na França no ano de 1976, para contar a história de uma viúva
riquíssima, Renée Le Roux, seu advogado, Maurice Agnelet e a única filha muito
jovem, Agnès Le Roux. Renée é dona de um cassino na Riviera Francesa e tem como
braço direto seu advogado Maurice. Sua jovem filha acaba de desmanchar um
casamento na África do Sul e vai para casa, a fim de rever a mãe e reivindicar
sua parte da herança paterna. É uma jovem saudável e esportista, mas que se
encontra fragilizada pelo romance desfeito. Sua mãe é o tipo de mulher que
expõe muito a filha e a cobra por qualquer atitude, sendo o relacionamento
entre elas bastante conflituoso. Renée vem sendo acossada pela máfia italiana,
dona de um cassino concorrente, e a viúva está tensa para manter sua fortuna. Agnès
quer viver sua vida e pede a parte de sua herança, tendo como resposta uma
negativa consistente. Apesar disso consegue abrir uma pequena loja de livros e
objetos exóticos e aluga um acanhado apartamento. Tudo isso com a ajuda do
charmoso e manipulador advogado de sua mãe. Ele é bem mais velho, casado, pai
de um filho, mas sendo alpinista social e sem qualquer moral, seduz a jovem que
cairia na lábia do primeiro homem atencioso que aparecesse. Depois de
conquistar seu amor, convence-a a abrir uma conta altíssima em nome dos dois.
Ela sabe que Maurice tem uma família, contudo, apaixonada, acredita que poderá
ficar com ele. Nesse ínterim, vemos que Maurice tem os dois pés no lado
italiano e mafioso, ajudando a levar Renée à bancarrota. É traída por Maurice que conduz a filha a votar
contra ela e embolsar três milhões de francos.
Depois de esse fato financeiro estar sacramentado e o dinheiro em seu
nome, ignora a heroína fazendo com que ela perca o pouco de segurança que ainda
tinha. Ela não quer ouvir os conselhos da mãe, muito menos vê-la. No auge da
angústia tenta se matar e mais tarde, some para não mais aparecer, enquanto
Maurice foge com a família para a América Central. Renée tenta provar que Agnès
fora assassinada pelo ex-amante e depois de trinta anos, já sem nenhum
dinheiro, abre um processo contra ele. Ocorre que o júri e a justiça o
consideram inocente pela ausência do corpo. Mas Renée não desistirá e outro
processo realiza-se, também sem sucesso. Contudo, um terceiro processo ocorrido
há mais ou menos 2 anos é aberto por um personagem de sua família, que não se
espera que tenha essa atitude e ele é preso por assassinato e ocultação de
cadáver. Um caso e tanto que abalou a sociedade francesa da época e atual. Apesar
de bom, o filme torna-se um pouco arrastado. As intepretações são muito boas,
especialmente a de Adèle Haenel. O filme foi baseado no livro escrito por Renée
e Jean-Charles. IMPORTANTE - Espere até que o filme termine, pois os
desdobramentos dos processos serão apontados na tela.
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