EL CLAN, ARGENTINA, ESPANHA,
2015, DOCUDRAMA
ELENCO:
GUILLERMO FRANCELLA – ARQUIMEDES
PUCCIO - PAI
PETER LANZANI – ALEJANDRO – FILHO
Neste espetacular filme, passado
na Argentina no fim dos anos setenta e começo dos oitenta, Pablo Trapero,
diretor do magnífico Abutres, nos conta uma história dramática que abalou os
argentinos na época. Conta a história de um chefe de família e sua mulher, que
têm cinco filhos, três rapazes e duas garotas, vivendo em um bairro famoso de
Buenos Aires. A família é aparentemente bem constituída, com o pai preocupado
com a educação dos filhos. Ele é um ex-colaborador da ditadura que dominou o
país por anos. Agora tem uma rotisserie e também é contador. Pacato, varre
sempre a calçada de sua loja nas primeiras horas da manhã. Seu primogênito é um
astro do rúgbi em sua escola e adorado pelos colegas. Ocorre que toda essa
calma e tradição é apenas um disfarce, pois Arquimedes é o mais vil e frio
sequestrador e assassino que se possa imaginar, auxiliado pela mulher e por
Alejandro. Começa com o sequestro de um colega de classe de Alejandro, muito
rico, que é algemado e maltratado, ficando trancado no banheiro da casa. As
refeições são oferecidas pela mãe. Os outros filhos ouvem os barulhos e
lamentos, mas não ousam falar qualquer coisa. Um deles, Maguilla, está viajando
e o pai sente sua falta para auxiliar nos raptos. A primeira vítima é morta,
apesar de a família ter pagado pelo resgate. Arquimedes conta com a ajuda de antigos
membros da ditadura. Sua mulher é tão impiedosa quanto o marido. O filho
ausente volta, mas o mais novo sai de casa, na tentativa de se afastar de tudo.
Um dos muitos sequestros sanguinários não dá muito certo, pois a família da
vítima se recusara a pagar a quantia exigida, a não ser com certeza de que
estivesse realmente viva. As cenas têm uma precisão incrível e os desempenhos
de Guillermo e principalmente de Peter são espetaculares. Indo para o final, a
atitude de um dos filhos se altera e são finalmente descobertos pela polícia.
Final dramático com explicações do destino de cada um dos personagens antes dos
créditos finais. Imperdível pelo roteiro, direção e interpretações de cada uma
dessas personalidades verídicas. Realmente o cinema argentino é de ponta com
apresentações ótimas. Esse filme foi escolhido para o Oscar de melhor filme
estrangeiro com todo mérito. Parabéns a PabloTrapero. Ganhou a palma de prata
em Veneza.
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