A TALE OF
LOVE AND DARKNESS, ISRAEL, 2015, 95 MIN. DRAMA
ELENCO:
NATALIE PORTMAN – FANIA, MÃE
AMIR TESSLER – OZ MENINO
GILAD KAHANA – ARIEH, PAI
Natalie Portman, Oscar de melhor
atriz de Cisne Negro, dirige seu primeiro filme, realizando também um roteiro
aprimoradíssimo que lhe tomou oito anos de trabalho. Israelense, ela adapta o
livro homônimo de memórias de Amós Oz, principal escritor israelita do momento
e interpreta em hebraico, com sotaque perfeito, sem vestígios de americano.
Fania vem do leste europeu, nascida em uma família rica e sofisticada, com duas
irmãs. Ela sonha em ter um marido atlético, que seja fazendeiro e talentoso
também em guerras. São obrigados a sair do local de origem e migram para outro
país da Europa. Conhecendo um homem totalmente diferente de seu ideal, se casa
e tem um filho, Oz, muito inteligente e sensível como ela. Seu pai é
intelectual, um escritor franzino. O garoto vive entre livros e histórias
antigas, contadas por sua mãe, através das quais lhe passa muito saber e
compaixão ao próximo. Muito ligados são inseparáveis. Na escola ele desenvolve
um talento para inventar histórias que fascina os outros meninos. Fania terá
visões de seu companheiro ideal por todo o filme. Em 1945 passam a morar em
Jerusalém, um território dividido com árabes. Em 1948, com a criação do Estado
de Israel, Oz conhecerá os conflitos mundiais que ocorrem ao seu redor,
principalmente entre judeus e árabes. Desiludida com o casamento e afastando-se
do marido, passa a ter inúmeras enxaquecas, distanciando-se ainda mais de
Arieh. Fania adoece gravemente e acaba sucumbindo a tantas dores e desilusões,
contudo isso é registrado na memória e imaginação do grande escritor que Oz
virá a ser. Mostra também seus primeiros anos de juventude, durante a ocupação
britânica e sua vida em um Kibutz. Ótimo filme, Natalie é excelente atriz e
mostra-se ótima diretora e roteirista, com uma reconstituição de época impecável.
Imperdível, tanto filme quanto livro. O melhor filme em cartaz.
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