KOLLEKTIVET, DINAMARCA, SUÉCIA, HOLANDA, 2016, 111 MIN.,
DRAMA
ELENCO:
ULRICH
THOMSEN – ERIK
TRINE
DYRHOLM – ANNA
Este filme é um belo trabalho de
Thomas Vinterberg, grande diretor de Festa de Família e A Caça entre outros. Passando-se
nos anos 1970, em Copenhagen, temos uma visão bem interessante do que foram
aqueles tempos dos hippies e da emancipação feminina. Erik é arquiteto e
professor, bem casado, com uma adorável filha adolescente de 14 anos. Anna é
uma conhecida apresentadora de noticiário televisivo, muito competente e
respeitada. Ele recebe de herança a casa de seus pais, lindíssima com grande
jardim e 450 metros quadrados de área construída. É muito grande para os três e
sua mulher sugere que lá criem uma comunidade com outros amigos. Sugestão
aceita, começam a migrar seus companheiros. Primeiro um amigo de Erik,
divorciado, depois outro casal com um filho de 6 anos, os quais sugerem regras
para que a comunidade dê certo, todos se ajudarão mutuamente. E mais gente vai
chegando até se esgotarem os lugares, que, claro, serão cobrados. Erik, na
universidade, recebe seus alunos para dúvidas e uma aluna, Emma, o procura e em
minutos rola um clima que ambos aceitam com facilidade. A partir desse fato, as
coisas mudarão e muito. Esse comportamento tão aberto dos nórdicos afeta as
crianças que são precocemente sexualisadas. Anna parece ser uma mulher forte e
aberta, mas quando fica sabendo do caso do marido, por ele mesmo, quer
enfrentar o problema de frente e convida a moça para morar em sua casa.
Obviamente eles aceitam, mas um tumulto irá surgir, evidentemente, pois Anna
não é tão segura quanto parece e quem realmente vai segurar as pontas de tudo é
a filha do casal, a única capaz de vislumbrar realisticamente o clima que lá
ocorre. Bom longa que mostra a dificuldade dos relacionamentos humanos, os
sonhos de uma vida comunitária e os desfechos de tais situações. Trine Dyrholm
é uma luz que brilha durante o filme. Em entrevista ao Estado de São Paulo, o
diretor fala que “a substituição é uma coisa brutal, e no amor, então, nem se
fala. É um temor que me angustia.” “O filme constrói-se muito na epiderme das
atrizes.” Thomas passou alguns anos de sua infância e adolescência em uma
comunidade, tendo experiência própria sobre o assunto. Ótimo programa.
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