BRASIL, 2016, 82 MIN., DRAMA
ELENCO:
MARCOS VERA – ROBERTO
DÉBORA FALABELLA – CLÁUDIA
PEDRO VINÍCIUS – FABRÍCIO
Paulo Machline adapta do
best-seller O Filho Eterno de Cristovão Tezza este filme sensível, com bom
resultado, apesar do tema já ter sido bastante discutido. Roberto é um escritor
que em 1982 será pai pela primeira vez, com grandes expectativas para o filho
que virá. Sua mulher, Cláudia, também está ansiosa, mas de outra forma, mais
maternal. Ele é louco por futebol e estamos em plena Copa do Mundo. O garoto já
tem até uma camiseta da seleção mesmo antes de nascer. O parto é concluído com
sucesso, porém existe um senão, o bebê nasceu com “mongolismo” como falavam à
época ou síndrome de Down como é nominado hoje em dia. O preconceito contra isso era enorme nos anos
80 e Roberto não consegue aceitar, raciocinando que fora condenado à prisão
perpétua com tamanho problema. Sem saber lidar com a situação afasta-se da
criança e de Cláudia, que por sua vez acredita que, com amor e terapia adequada,
o menino e o casal poderiam ser felizes. Roberto passa a viajar frequentemente
a trabalho, arranjando uma amante para a qual conta ser casado, mas não ter
filhos. Cláudia segue de maneira pragmática e carinhosa com suas convicções.
Lidando com grosseria e desajeito com Fabrício, que aos 10 anos já demonstra
ter soluções para seu caso, enfrenta um incidente que o fará mudar de ideia.
Débora Falabella tem uma ótima atuação no filme, demonstrando grande afeto
maternal e naturalidade e o garoto Pedro Vinícius é sensacional. O final é um
pouco brusco, mas no mais o filme esclarece muito sobre a Síndrome de Down, a
negação e preconceito de várias famílias sobre o fato. Bom programa e elenco de
primeira.
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