quinta-feira, 3 de agosto de 2017

DUNKIRK DE CHRISTOPHER NOLAN





DUNKIRK, ESTADOS UNIDOS, 2016, 107 MIN., AÇÃO.
ELENCO:
FIONN WHITEHEAD – SOLDADO BRITÂNICO
MARK RYLANCE – CAPITÃO DE BARCO CIVIL
KENNETH BRANAGH – OFICIAL DA MARINHA BRITÂNICA
TOM HARDY – PILOTO INGLÊS


Esse projeto que Christopher Nolan faz do cerco de Dunquerque consagra-se como um formidável épico do cinema atual. Nas praias francesas de Dunquerque, uma ação das forças alemãs encurralara 400 mil soldados aliados, que não tinham por onde escapar. Foram bombardeados de 25 de maio até 4 de junho de 1940 e não puderam ser resgatados pelo exército de Churchill. O local não tinha profundidade para receber grandes navios, contando apenas com o molhe, tipo de dique artificial, para embarcações de menor porte. Durante a ação, não conseguimos tirar os olhos da tela um só instante, tal a gravidade da batalha que esses meninos (cerca de 18 anos) tiveram que enfrentar.  Os aviões alemães não davam trégua e apenas dois spitfires ingleses tiveram a incumbência de abatê-los. No molhe a situação era caótica, pois depois de uma fragata ter sido designada para trazer os jovens de volta à Inglaterra, ela é atingida pelas bombas e todos os homens são obrigados a saltar novamente no mar, entre eles feridos e enfermeiras. Uma segunda tem a mesma sorte, até porque dependia da subida da maré para desencalhar de onde se encontrava. Churchill, então, apela para a ajuda da população civil, que com muito patriotismo e determinação comparece às centenas em direção ao canal de Suez, com seus barcos de pesca, lanchas, iates e barcaças, a fim de cumprirem seu papel na guerra. Um dos primeiros capitães de iate a sair é um britânico (Mark Rylance), com seu filho mais novo, pois o mais velho já havia sido abatido com seu avião nas primeiras semanas de guerra. Nos resgates emocionantes prevalecem o companheirismo e a compaixão. O “espírito de Dunquerque”  passa a significar obstinação e solidariedade ímpar, diante das adversidades. No final, a visão das embarcações em alto mar é a mais bela e contundente. A “derrota” é mostrada como  resistência a qualquer custo da população britânica, diante da ampla tragédia ocorrida. Quase a totalidade dos soldados foi salva. Absolutamente imperdível e uma ótima oportunidade para compreendermos melhor esse triste episódio da Segunda Guerra Mundial.


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