UN SAC DE BILLES, FRANÇA, CANADÁ, REPÚBLICA CHECA, 2017, 113
MIN. DRAMA.
ELENCO:
DORIAN LE
CLECH – JOSEPH JOFFO
BATYSTE
FLEURIAL – MAURICE JOFFO
PATRICK
BRUEL – ROMAN JOFFO
ELZA SYLBERSTEIN – ANNA
Terceiro longa do habilidoso
diretor canadense Christian Duguay com grande audiência. É um filme feito sob
emoção e uma homenagem à família, ao amor e à ternura. Baseado no romance
escrito pelo próprio Joseph Joffo. Na França ocupada pelos nazistas, 1942, os
dois irmãos caçulas de uma família judaica com 4 filhos veem-se obrigados pelos
pais a partirem sozinhos para a Zona Livre, no Sul da França. Os mais velhos já
haviam saído e os pais iriam no dia seguinte. Todos juntos seria um risco
enorme. Roman havia treinado seus filhos
a serem independentes desde o início da guerra, e ele mesmo resolve simular um
interrogatório para o pequeno Joseph, a fim de que percebesse os reais perigos
que iria enfrentar. A história se passa sob o olhar infantil de seus
personagens, que amadureceram muito em dois anos. Cheios de coragem,
inteligência e determinação, nos momentos mais terríveis a figura paterna
estaria sempre presente no imaginário das crianças. O filme descreve muito bem
a sociedade francesa da época. Deixados sozinhos, um não descuida do outro em
momento algum, provando o amor fraternal. As situações mais perigosas e
inacreditáveis são vencidas com grande cumplicidade entre eles. Bela fotografia, imagens limpas, som adequado
e uma interpretação impecável vamos acompanhando os muitos incidentes e perigos
que enfrentarão, a fim de não serem reconhecidos como judeus. Contam com a
ajuda de muitas pessoas boas e principalmente da igreja católica, na figura de
um padre caridoso que os ajuda no início da viagem e de outro, que consegue
certidões de batismo falsas e os acolhe em seu colégio. Quase tudo fazem sem
orientação de qualquer adulto, apenas pelo instinto de sobrevivência e percepção
do que ocorre ao redor. Haviam levado algum dinheiro, mas começam a fazer
pequenos trabalhos por orientação da mãe, com quem falam ao telefone
esporadicamente. O pai também estará presente em algumas situações dando ânimo
e conselhos aos meninos. Ótimo filme, delicado e brutal ao mesmo tempo,
retratando muito bem os horrores da Segunda Grande Guerra na França. Não deixe
de ver nos créditos finais a foto dos irmãos nos dias de hoje. O livro é
considerado muito bom pela crítica. A última imagem é de Joseph Joffo
durante o lançamento de sua obra. Imperdível.
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