quarta-feira, 13 de junho de 2018

A MORTE DE STALIN DE ARMANDO IANNUCCI




THE DEATH OF STALIN, ESTADOS UNIDOS, FRANÇA, REINO UNIDO, 2017, 108 MIN. COMÉDIA

ELENCO:
ADRIAN MCLOUGHLIN – JOSEPH STALIN
STEVE BUSCEMI – NIKITA KHRUSHCHEV
SIMON RUSSEL BEALE – LAVRENTIY BERIA
JEFFREY TAMBOR – GEORGY MALENKOV

Stalin governou com mãos de ferro e coração de chumbo a União Soviética por três décadas. Vencendo Trotsky, virou um dos ditadores mais controversos, assassinando, exilando milhões de pessoas, outras eram confinadas em trabalhos forçados ou presas. Levou o país ao caos. Tudo era burocracia e só poderia ser tomada uma decisão com toda sua equipe, formada por cinco pessoas, concordando com o veredito final. Sua morte é questionada até hoje e, justamente nesse vácuo entre o falecimento e a tomada do sucessor, é que esta ferina e engraçadíssima sátira começa. O ótimo diretor e roteirista escocês Armando Iannucci “faz misérias” com os acontecimentos ocorridos, que a bem da verdade não foram nada engraçados, porém muito trágicos.  União Soviética, 1953 o cenário. Em uma rádio estatal temos um belíssimo concerto de música clássica que é acompanhado pelo rádio por todos, inclusive o temperamental Stalin. Após o concerto ele liga imediatamente para a rádio, afirmando que irá mandar um soldado buscar a gravação. Todavia, não havia nenhum disco, pois não fora gravada. Em desespero a equipe radiofônica implora para as pessoas não saírem e para a orquestra e a pianista ficarem e repetirem tudo novamente. Alguns já haviam saído, inclusive o maestro, e o local é preenchido por pessoas pobres das ruas, a fim de garantir o som com a sala cheia. A pianista odeia Stalin, mas acaba sendo convencida a tocar. Com o disco ela despacha um bilhete malcriado para o ditador, acusando-o de ter matado sua família e desejando sua morte imediata. Ao acabar de ler ele cai “duro” no chão. Inconsciente fica no chão cercado de urina e  mal cheiro. Demora um tempo para a guarda ter coragem de bater na porta e olhar, e ao ver o líder desacordado liga para Berin, que vem correndo desejando que ele estivesse morto. Isso foi uma questão complicadíssima e precisava da cúpula do governo inteira para decidir o que fazer. Nesse contexto movimenta-se a comédia, com ótimos atores no papel dos principais líderes soviéticos, numa corrida maluca para ver quem seria o novo líder do império. Beria, muito astuto, não leva muito tempo para ser assassinado pelos outros e assim corre até o final das resoluções que colocaram no poder Nikita Khrushchev. Os atores são ótimos assim como fotografia e produção. Absolutamente imperdível, aplausos ao talentoso diretor!


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