THE DEATH OF STALIN, ESTADOS UNIDOS, FRANÇA, REINO UNIDO,
2017, 108 MIN. COMÉDIA
ELENCO:
ADRIAN
MCLOUGHLIN – JOSEPH STALIN
STEVE
BUSCEMI – NIKITA KHRUSHCHEV
SIMON
RUSSEL BEALE – LAVRENTIY BERIA
JEFFREY
TAMBOR – GEORGY MALENKOV
Stalin governou com mãos de ferro
e coração de chumbo a União Soviética por três décadas. Vencendo Trotsky, virou
um dos ditadores mais controversos, assassinando, exilando milhões de pessoas,
outras eram confinadas em trabalhos forçados ou presas. Levou o país ao caos.
Tudo era burocracia e só poderia ser tomada uma decisão com toda sua equipe,
formada por cinco pessoas, concordando com o veredito final. Sua morte é
questionada até hoje e, justamente nesse vácuo entre o falecimento e a tomada
do sucessor, é que esta ferina e engraçadíssima sátira começa. O ótimo diretor
e roteirista escocês Armando Iannucci “faz misérias” com os acontecimentos
ocorridos, que a bem da verdade não foram nada engraçados, porém muito
trágicos. União Soviética, 1953 o
cenário. Em uma rádio estatal temos um belíssimo concerto de música clássica
que é acompanhado pelo rádio por todos, inclusive o temperamental Stalin. Após
o concerto ele liga imediatamente para a rádio, afirmando que irá mandar um
soldado buscar a gravação. Todavia, não havia nenhum disco, pois não fora
gravada. Em desespero a equipe radiofônica implora para as pessoas não saírem e
para a orquestra e a pianista ficarem e repetirem tudo novamente. Alguns já
haviam saído, inclusive o maestro, e o local é preenchido por pessoas pobres
das ruas, a fim de garantir o som com a sala cheia. A pianista odeia Stalin,
mas acaba sendo convencida a tocar. Com o disco ela despacha um bilhete
malcriado para o ditador, acusando-o de ter matado sua família e desejando sua
morte imediata. Ao acabar de ler ele cai “duro” no chão. Inconsciente fica no
chão cercado de urina e mal cheiro.
Demora um tempo para a guarda ter coragem de bater na porta e olhar, e ao ver o
líder desacordado liga para Berin, que vem correndo desejando que ele estivesse
morto. Isso foi uma questão complicadíssima e precisava da cúpula do governo
inteira para decidir o que fazer. Nesse contexto movimenta-se a comédia, com
ótimos atores no papel dos principais líderes soviéticos, numa corrida maluca
para ver quem seria o novo líder do império. Beria, muito astuto, não leva
muito tempo para ser assassinado pelos outros e assim corre até o final das
resoluções que colocaram no poder Nikita Khrushchev. Os atores são ótimos assim
como fotografia e produção. Absolutamente imperdível, aplausos ao talentoso
diretor!
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