LA PROMESSE DE L’AUBE, FRANÇA, 2017, 133 MIN. DRAMA.
ELENCO:
PIERRE NINEY – ROMAIN KACEW – ROMAIN GARY
CHARLOTTE GAINSBOURG – NINA KACEW
Ótimo filme biográfico de época,
com incríveis interpretações dos protagonistas, focando no excesso de
expectativa e amor maternal, que podem levar uma pessoa ao sucesso, mas também
tornar-se uma tremenda carga de responsabilidade e anulação de suas reais
qualificações. O filme começa em uma festa no México, onde Romain, escritor,
tem um problema físico e vai para um hospital na Cidade do México, certo de uma
iminente morte. Sua mulher acha um manuscrito sobre sua mãe e começa a lê-lo
com grande interesse e admiração. O filme vai para a Polônia entre as duas
guerras mundiais. Romain é filho de Nina, mulher excessiva e excêntrica, que
deseja um futuro mais do que promissor para seu pequeno e o cobra a cada
instante, a fim de que seu sonho se realize, seria embaixador na França, um
grande personagem no mundo artístico e um herói. Ela tivera um atelier de
chapéus na Polônia onde atendia a alta sociedade, mas acabou falida, sendo
obrigada a partir com seu baú de pratarias, que ia vendendo aos poucos. Nina
era uma mulher combativa e conseguia prover a si mesma e a seu filho, tudo em
nome de um futuro glorioso. Da Polônia fogem para Nice, onde o sol brilha e o
pequeno Romain pode ver o mar. Trilhando a esmo pelos campos da arte, encontra
na literatura uma maneira de expressar seus sentimentos. No fim da adolescência
explode a Segunda Guerra Mundial e ele se alista no exército. Quando a França é ocupada, Nina aconselha-o a
ir para a Inglaterra. Pelo fato de ser judeu sofre preconceitos e vai servir na
África como aviador. Lá tem a
oportunidade de relatar suas impressões e sofrimentos. Sua mãe será sempre a
mola que move seu presente e futuro. Na feira em que trabalha em Nice, conta
aos amigos suas notáveis aventuras, nem sempre verdadeiras. Eles se correspondem
frequentemente e as exigências continuam. Apesar de sua ficção ir se firmando
aos poucos, ainda não conseguira encontrar quem se interessasse. Durante sua
estada no exército, manda manuscritos para uma editora inglesa que aceita publicá-los.
Sua vida começa a melhorar, mas as cobranças continuam cada vez maiores. Até o
final da guerra corresponde-se com sua mãe e quando o conflito acaba, vai
visitá-la em Nice, todavia um fato inesperado o aguarda. Muda seu nome para
Romain Gary (1914-1980) e foi uma dos maiores escritores do século vinte,
ganhando prêmios importantíssimos como duas vezes Goncourt pela literatura
francesa. Seu destino não foi nada fácil. Imperdível!
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