segunda-feira, 22 de outubro de 2012

RUBY SPARKS - JONATHAN DAYTON E VALERIE FARIS



RUBY SPARKS, EUA, 2012, 106 MIN. DRAMA ROMÂNTICO

ELENCO:

ZOE KAZAN – RUBY SPARKS

PAUL DANO – CALVIN

ANTONIO BANDERAS

ANNETTE BENING

 Trata-se de uma fantasia psicológica pessoal, pois é como você se vê, e interpessoal, seu relacionamento com outros indivíduos, realizada pelos ótimos diretores do bem sucedido Pequena Miss Sunshine. O filme tem imagens leves e belas, mas na verdade é quase brutal o processo de aceitação feminina na vida do herói sem glamour. O jovem escritor, Calvin, fora um verdadeiro sucesso aos 19 anos, quando publicou seu primeiro livro, depois escreveu contos e agora não consegue se inspirar em nada, indo ao psicanalista para conhecer-se melhor. Ele sugere que esse rapaz, tímido e arredio, tenha um cachorrinho, Scotty, com a finalidade de encontrar pessoas e conversar, além disso, escrever uma única folha sobre alguém que goste do animal.  Scotty, porém, é sem graça e não se relaciona bem com outras pessoas, tal qual seu dono. No início do filme vemos uma moça banhada pelo sol e conversando com alguém. Trata-se de um sonho do protagonista, que consegue dar continuidade a ele em outra noite. A inspiração chega e ele passa a escrever freneticamente sobre a namorada perfeita para ele. Enquanto escreve em uma velha máquina de escrever, cenas idílicas são mostradas na tela. Ele se confessa apaixonado pelo personagem a seu psiquiatra, que não vê qualquer problema com o fato. Depois de poucas semanas, a garota Ruby se materializa e “sparks” brilha em sua cozinha, como sua namorada. Essa virada é fundamental para o desenrolar da história. Primeiro se acha louco, tendo visões, mas as outras pessoas também a veem e sua única saída é acreditar que ela realmente existe e a garota faz exatamente o que ele escreve em suas páginas. Fica uma situação confortável, tornando-o primeiro onipotente com a formação de seu feminino e depois desesperado, pois além de seguir fielmente sua imaginação, ela “ganha vida própria”. Como suportar um papel tão fundamental? As situações complicam-se e quase no terço final ele realmente passa a manipulá-la até que tudo fuja de seu controle. O filme mostra o que parece ser o ideal para muitas pessoas, ser o “exclusivo” roteirista de sua própria vida. Ótimo filme para aqueles que curtem temas psicológicos.

 

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