ARGO DE BEN AFFLECK
ARGO, EUA, 2102, 120 MIN. DOCUDRAMA
ELENCO:
BEN AFFLECK – TONY MENDEZ
JOHN GOODMAN
BRYAN CRANSTON
MICHEL PARKS
Com este ótimo
docudrama Ben Affleck conseguiu conquistar a provável indicação de várias
estatuetas para o Oscar de 2012. Muito bem dirigido e interpretado, mistura a
ficção do filme com documentos da época em que ocorreu, 1979, 1980 e liberados
apenas em 1997. O Irã estava em estado de revolução e preocupando o mundo como
até hoje com Mahmoud Ahmadinejad, pois seu xá Reza Pahlevi, aliado dos americanos,
fora para os Estados Unidos, a fim de tratar um câncer terminal. Nas primeiras
cenas, em Teerã, vemos um povo ensandecido, agora sob o controle do islâmico radicalista
Khomeini , tentando arrombar a embaixada americana e enforcar, em solo iraniano, o antigo Xá. São
cenas sufocantes e eletrizantes que nos acompanharão até o final. Conseguindo
seu intento, fazem reféns seus funcionários, mas seis deles conseguem chegar à
Embaixada Canadense, e lá se refugiam, mas por algum tempo, pois o Embaixador
também deveria voltar à sua terra. Affleck,
baseou seu trabalho no livro de Tony Mendez,
um dos melhores funcionários da CIA e especialista em exfiltration, responsável
pelo resgate, fazendo seu personagem. Consegue um ótimo roteiro colocando o
espectador grudado na poltrona e de olho na tela. A CIA escolhe Mendez para a
missão e sua ideia, a melhor das piores, prevalece às outras. Tendo amigos em
Hollywood, entraria em contato com um amigo produtor e outro maquiador, para
forjarem uma filmagem de ficção científica, ARGO, que seria rodado na paisagem
árida do Irã. Tudo deveria ter um clima de verdade, caso contrário eles também
seriam exterminados pelos iranianos, que estavam enforcando pessoas até em
gruas de obras públicas. Uma vez dentro do Irã, ele procura o embaixador e tenta
convencer, à duras penas, essas pessoas a terem uma nova identidade e sabê-las
de cor, pois seriam certamente interrogados no aeroporto. Sem outra saída
plausível, põem-se a caminho da suposta liberdade. Contudo, em um último
instante a operação deverá ser abortada. Affleck, em ótimo desempenho, carrega
a responsabilidade de seguir adiante com o plano. Momentos de agitação e
temeridade são mostrados, tanto em Teerã como dentro da Companhia de
Inteligência Americana. O tema mostra-se bem atual, com a preocupação mundial
sobre uma possível bomba atômica sendo fabricada no sempre conturbado Irã. A
trilha sonora e as imagens em zoom fazem com que o filme seja ainda melhor, e
as piadas dos velhos companheiros de Hollywood dão um tom mais ameno a tantos
perigos. Junto aos créditos finais,
podemos ouvir um depoimento emocionado do então presidente Carter, que não foi reeleito
por ter sido considerado tolerante e fraco diante dessa missão. Todo o resgate levou 444 dias. Programão! Ben
Affleck é democrata e trabalhou para a campanha de Obama.
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