segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O MERCADO DE NOTÍCIAS DE JORGE FURTADO





ELENCO:
GENETON MORAES NETO
JANIO DE FREITAS
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
CRISTINA LOBO
 E MAIS NOVE JORNALISTAS DE RENOME
O diretor Jorge Furtado faz um filme interessantíssimo sobre o jornalismo brasileiro da atualidade, que compete com blogs (muitos sem reponsabilidade) e redes sociais. Ele procura fazer uma comparação entre a importância do jornalismo sério, no papel, e do baseado na ótima peça homônima de 1625, do inglês Ben Johnson, quando as notícias eram obtidas através do barbeiro ou alfaiate. Ficamos com uma mistura de cenas da peça e sua continuação na atualidade, uma experiência genial.  Discute as fontes de informações, a irresponsabilidade de certos jornais e repórteres ao destacar certos fatos, não verificados concretamente, e destacados na primeira página. Como exemplos o caso da bolinha de papel que atingiu a cabeça de José Serra, quando candidato à presidência da república e o escandaloso caso da Escola Base, em 1994 no Rio de Janeiro, que teve de ser fechada e depois se descobriu que era tudo um desastroso engano. Também vemos o diretor, no papel de Michael Moore, indo à Nova York e visitar o museu onde está exposto um quadro de Picasso, que tendo uma réplica barata em uma parede do INSS, casou comoção por ser considerada a obra original. A peça, muito bem encenada, mostra os caminhos da informação do século XVII, início da imprensa, seu relevante apoio no poder e como esses fatos continuam sendo válidos nem pleno século XXI. O jornal perderia seu embasamento econômico se não fossem os anúncios que beneficiam o governo, ou seja, o poder e de várias firmas. Citam abertamente o governo Lula e Dilma. A propaganda parece ser a âncora econômica da imprensa. Vários jornalistas famosos e relevantes dão seus depoimentos e, se se consideram jornalistas ou repórteres. Essa combinação do jornalismo, de tantos séculos atrás, e as repercussões das notícias bem ou mal fundamentadas de hoje em dia resulta em um filme que não dá para não ver. Ótimo.


Nenhum comentário: