ELENCO:
GENETON MORAES NETO
JANIO DE FREITAS
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
CRISTINA LOBO
E MAIS NOVE JORNALISTAS
DE RENOME
O diretor Jorge Furtado faz um
filme interessantíssimo sobre o jornalismo brasileiro da atualidade, que
compete com blogs (muitos sem reponsabilidade) e redes sociais. Ele procura
fazer uma comparação entre a importância do jornalismo sério, no papel, e do baseado
na ótima peça homônima de 1625, do inglês Ben Johnson, quando as notícias eram
obtidas através do barbeiro ou alfaiate. Ficamos com uma mistura de cenas da
peça e sua continuação na atualidade, uma experiência genial. Discute as fontes de informações, a
irresponsabilidade de certos jornais e repórteres ao destacar certos fatos, não
verificados concretamente, e destacados na primeira página. Como exemplos o
caso da bolinha de papel que atingiu a cabeça de José Serra, quando candidato à
presidência da república e o escandaloso caso da Escola Base, em 1994 no Rio de
Janeiro, que teve de ser fechada e depois se descobriu que era tudo um
desastroso engano. Também vemos o diretor, no papel de Michael Moore, indo à
Nova York e visitar o museu onde está exposto um quadro de Picasso, que tendo
uma réplica barata em uma parede do INSS, casou comoção por ser considerada a
obra original. A peça, muito bem encenada, mostra os caminhos da informação do
século XVII, início da imprensa, seu relevante apoio no poder e como esses fatos
continuam sendo válidos nem pleno século XXI. O jornal perderia seu embasamento
econômico se não fossem os anúncios que beneficiam o governo, ou seja, o poder
e de várias firmas. Citam abertamente o governo Lula e Dilma. A propaganda
parece ser a âncora econômica da imprensa. Vários jornalistas famosos e
relevantes dão seus depoimentos e, se se consideram jornalistas ou repórteres.
Essa combinação do jornalismo, de tantos séculos atrás, e as repercussões das
notícias bem ou mal fundamentadas de hoje em dia resulta em um filme que não dá
para não ver. Ótimo.
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