A MOST
WANTED MAN, REINO UNIDO, EUA, ALEMANHA/2014. 121 MIN., SUSPENSE
ELENCO:
PHILIP
SEYMOUR HOFFMAN – GÜNTHER
RACHEL
MCADAMS –
WILLEM DAFOE – BANQUEIRO
VICKY KRIEPS – ADVOGADA
GRIGORI DOBRYGIN – JOVEM ISSA KARPOV
Anton Corbijn faz uma ótima
direção nesse suspense baseado no livro homônimo de John le Carré. Com consternação
vemos uma das últimas apresentações do impecável Philip Seymour Hoffman, morto
neste ano. O romance trata da mais nova ameaça ao mundo, o terrorismo dos
países mulçumanos, principalmente contra os Estados Unidos. Nosso saudoso
Hoffman faz o papel principal, o agente Günther Bachmann da inteligência alemã,
que tem como prioridade evitar que terroristas entrem nos EUA. Existe, no
início, um prólogo afirmando que um lapso da agência alemã permitira o ataque
da Al Qaeda em 2001 e isso não pode mais se repetir. Günter conta com uma
equipe muito coesa e dedicada, principalmente em campo, tendo conseguido
aliciar vários mulçumanos jovens que são contra esse tipo de situação. Entre a
inteligência alemã e a CIA ocorrem várias diferenças nas pesquisas, sendo a
primeira mais sútil. O romance, complexo, foca os bastidores. Günther é a favor
do trabalho minucioso para pegar o peixe grande e age com prudência. Começamos
com um jovem entrando ilegalmente, pelo porto, em Hamburgo. Magérrimo e abatido
esse rapaz checheno, produto de um estrupo de seu rico pai, militar russo, contra
uma jovem chechena, tenta refúgio na grande comunidade muçulmana da Alemanha.
Não deseja voltar para a Rússia, onde foi preso e torturado. Abrigado em uma
casa da periferia consegue a proteção de uma advogada alemã simpática à causa
islâmica. Ela será seus olhos e ouvidos para permanecer no país, fato
complicado uma vez que não tem nenhum documento, apenas uma carta assinada por
seu pai e um objeto pertencente a um banco. O peixe grande é Abdullah, um homem
riquíssimo, que Günther tem certeza de que é o elo que envia dinheiro e
suprimentos para Al Qaeda. A forte personalidade de Hoffmann contribui para o
mistério em cenários escuros e becos mal frequentados perto do porto. Nesses
instantes sentimos a grande empatia entre ator e seu papel, principalmente na
tragédia de sua vida real. O filho de Abdullah é um de seus colaboradores. As
cenas correm rápidas, pois não há tempo a perder já que existe uma grande
rivalidade entre os membros principais das duas agências, que complicam a caçada.
O final, que parece cheio de esperança, tem uma reviravolta quase tão
estonteante como o que Hoffmann cometeu contra sua própria vida. Imperdível!
Grande trabalho de Hoffmann e dos outros protagonistas, sempre em estado de
extrema tensão. Uma pena o filme não ser falado em alemão, daria uma força bem
maior.
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