THE JUDGE DE DAVID DOBKIN
EUA/2014,
141 MIN., DRAMA
ELENCO:
ROBERT
DOWNEY JR. – HANK PALMER
ROBERT DUVALL- JOSEPH PALMER
VERA FARMIGA – SAMANTA POWELL
VINCENT D’ONOFRIO – GLEN PALMER, FILHO MAIS VELHO
JEREMY
STRONG – DALE PALOMER, FILHO CAÇULA
SPOILERS
Considerado diretor de comédias,
Dobkin faz, pela primeira vez, um bom drama e essa trama ocorre-lhe quando
perdeu sua própria mãe, aglutinadora da família. O filme é sobre o julgamento
de um homem, mas principalmente de sua família. O ótimo Robert Downey Jr. faz o
papel de um advogado criminalista famoso por suas causas sempre ganhas e por
seu comportamento irônico e petulante. Nas primeiras cenas, o vemos em um
toalete do tribunal urinar nas pernas de um colega e sair sem dar a mínima
importância ao desaforo. Durante o julgamento recebe um telefonema comunicando a
morte de sua mãe. Hank nascera em uma cidadezinha de Indiana e havia fugido de
lá há 20 anos e nunca mais voltado, fato que havia entristecido muito sua mãe.
Sai imediatamente para o enterro, deixando sua mulher de quem estava se
divorciando e sua filha para trás. Quando
chega encontra todos os habitantes que ainda moravam lá e nada, absolutamente,
havia mudado. Eles eram três filhos de um juiz bem conceituado e que trabalhava
há 40 anos no mesmo lugar. É o do meio, o mais velho gostaria de ter sido
jogador profissional de baseball, mas não pode. Na juventude, Hank dirigia o
carro sem carta e o irmão ficou com a mão lesionada para sempre. O adorável
caçula tinha paixão por filmagens. Seu pai é durão com relação à rebeldia do
filho e nada fez para que ele voltasse a ver a família. No velório ele é amável
com todos, exceto com seu filho bem sucedido. Em outra cena, ele encontra sua
primeira namorada por quem fora apaixonado e agora tinha uma filha de dezenove
anos, que a ajudava em seu bar. Hank Palmer faz as contas e fica muito
perturbado com a paternidade da menina. Decidido a voltar o mais breve
possível, pois não é bem vindo, acontece um acidente na estrada entre uma
bicicleta e um Cadillac antigo, cujo dono é o juiz que não deixava ninguém
dirigi-lo. Ele é suspeito de ter matado o marginal que conduzia a bicicleta,
Blackwell, que havia recebido uma leve pena de Joseph há muito tempo e depois
fora condenado a 20 anos de prisão por ter matado a namoradinha de infância.
Com esse envolvimento todo, Joseph Palmer decide ficar e ajudar na defesa do
pai. Vemos através de uma câmera de segurança do mercado que o acusado havia ido,
no dia do acidente, Blackwell destratando-o. Era a prova que faltava. A cidade
está agitadíssima com o fato. Joseph não esquece a mulher e sente muito sua
perda, pois sofre de uma doença incurável, fato que não revelara a ninguém, a
não ser a ela. Mas em um momento emocionante dessa história, ele está sozinho e
tem de ser socorrido pelo filho pródigo, acometido por uma forte hemorragia.
Escondido dos filhos encontra-se em tratamento de quimioterapia e um dos
efeitos colaterais é a perda de memória. Joseph é orgulhoso e não quer que esse
fato seja relatado no julgamento, já que ele realmente não se lembra do crime,
mas o júri o condena a quatro anos de prisão. No sétimo mês, Hank consegue uma
pena humanitária e ele sai da cadeia. Nesse final, vemos os dois pescando no
rio, coisa que faziam com frequência em sua infância e o fato tão temido ocorre
sem dor ou sofrimento. A bandeira dos Estados Unidos está a meio mastro como
homenagem aos trabalhos prestados por Joseph, que receava estragar sua
reputação perante a família e a cidade. A atuação desse time de ótimos atores
faz o filme. Um fato curioso para os mais atenciosos é que a data de nascimento
da mulher de Joseph na lápide é 1940 e ele diz ter 72 anos, ou seja, dois anos
mais jovem do que a esposa, coisa impossível pela aparência de ambos. Até em
filmes bem feitos há falhas.
Um comentário:
O filme dirigido por David Dobkin : O juiz, eu acho uma coisa tremenda, eu quero dizer, é um grande filme com bons atores e uma história emocionante. Para muitos pode parecer um filme um pouco chato, mas eu tinha me afinado desde o início, excelente produção, não é à toa foi indicado para vários prêmios.
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