STILL ALICE, EUA,FRANÇA, 2014, 101 MIN., DRAMA
ELENCO:
JULIANNE
MOORE – ALICE HOWLAND
ALEC
BALDWIN – JOHN HOWLAND
KRISTEN
STEWART – LYDIA HOWLAND
STEPHEN
KUNKEN – DR. BENJAMIN
Esta é uma das mais memoráveis
interpretações da carreira de Julianne Moore, valendo-lhe o premio Oscar de
melhor atriz em 2015. Baseado na novela de Lisa Genova, o filme é dirigido
pelos diretores Richard Glatzer e Wash Westmoreland, com roteiro do primeiro.
No início do filme Alice, a conhecidíssima e talentosa professora de
linguística da Universidade de Columbia, comemora em um elegante restaurante
seus cinquenta anos de idade, com aparência de quarenta. Encontram-se lá os
filhos adultos e o marido, que brinda à mulher mais inteligente e linda que já
conhecera. Ela está em seu apogeu profissional e pessoal. Mas durante uma aula
ocorre um esquecimento de uma palavra importante que ela substitui em segundos,
o que a deixa preocupada. Depois, ao correr pelo campus da universidade é
acometida por um estranhamento, pois não sabe onde está. Essas passagens são
muito bem imaginadas pelos diretores, pois as imagens ficam borradas. Um terceiro
incidente faz com que vá a busca de um neurologista, Dr. Benjamin, constatando
ser um tipo raríssimo de Alzheimer que ocorre precocemente e é familiar.
Portanto seus filhos também teriam a possibilidade de herdá-lo. Ela luta
ferozmente para continuar dando suas aulas e usa de todos os subterfúgios para
que tenha uma linha apropriada de pensamento. Contudo, chega o momento da
escola perceber e pedir para que ela se afaste do cargo. Seu
marido não tem estofo para ajudá-la e mostra-se um desastre. Somente a filha
mais jovem, que mora em Los Angeles, pois quer tornar-se atriz, tem a sensibilidade
de compreendê-la. O casal vai para a casa da praia, que ela tanto ama, para
tentar por alguma ordem em seu futuro. Mas a degeneração no caso de pessoas
muito intelectualizadas é mais rápida e apesar dos esforços feitos por essa
mulher, que não desistirá de si mesma, vai chegando a um ponto crítico. Mesmo
nestas condições consegue dar uma palestra sobre sua doença, usando um marca
texto para grifar as sentenças já lidas. Com esforço chega ao final e é
aplaudida de pé, com a presença de seu médico. O filme nunca resvala na
pieguice e a temática da luta sempre será a constante. No terço final, o marido
parte para trabalhar em outro lugar e a incompreendida filha Lydia (atuação
espetacular de Kristen Stewart) tornar-se-á seu suporte e sua grande
companheira. Absolutamente tocante e talvez o filme mais sensível, junto como
Dois Dias e Uma Noite, de todos que concorreram para o Oscar deste ano, pois
fala sobre o amor. A escritora do livro, uma acadêmica famosa, é conhecida por
seus romances tocantes ao comportamento do cérebro, sendo esse seu primeiro
livro e grande sucesso.
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