sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

APPALOOSA UMA CIDADE SEM LEI de Ed Harris









Um rancho habitado por sem leis, chefiado por Bragg (Jeremy Iron), tem seus homens armados até os dentes à espera de alguém. Galopando chegam três homens- o delegado e seus auxiliares. O cenário é do velho-oeste, o sol brilha inclemente e a poeira sobe quando os cavalos param. Um homem é acusado por assassinato de uma pessoa e estupro de sua mulher. O delegado viera para prendê-lo e enforcá-lo, mas antes de qualquer reação os três representantes da lei são assassinados. Começa o filme com a narração de Viggo Mortensen. É uma narrativa simples e limpa, com poucos diálogos, onde as ações, circunstâncias e sentimentos é que predominam. A história é a preferida dos westerns: uma pequena cidade sem lei é atemorizada por um homem ganancioso, culto (lera Emerson) e brutal. Os conselheiros do local contratam dois matadores implacáveis, que “agem dentro da lei.” Já haviam sido soldados, mas cansados com a profissão tornaram-se justiceiros. Virgil Cole (maravilhoso Ed Harris) será o delegado e Everett Hitch (excelente Viggo Mortensen) o ajudante. Ambos são inexoráveis quanto à ordem do lugarejo e isso contraria muito Bragg, que se acostumara a mandar na cidadezinha. O tema de justiça é discutido - não, visto - através de assassinatos sem hesitação e brutalidade. Quase ao mesmo tempo, chega à cidade uma jovem bem vestida, educada e bem dotada, pois tocava piano e órgão além de cozinhar bem, Allison French (ótima Renée Zellweger). Ela será a peça decisiva nesse jogo de xadrez, pois todos se apaixonarão por ela, que se oferecerá ao macho dominante, e as razões desse comportamento são muito plausíveis em um mundo exclusivamente masculino e violento. Virgil se encanta por ela desde a primeira vez que a vê e será um amor sincero, sem expectativas, a não ser a de estarem felizes juntos! Hitch representa a amizade incontestável entre homens daquela época, pois sem ela estariam fadados ao fracasso e à morte, esse tema eterno que se repete sempre. Ele é um amigo fiel, inteligente que se mostra quase como a consciência de Virgil, que confia no amigo cegamente. Veremos cenários magníficos dos cannyons, o céu azul e brilhante que ofusca nossa visão, riachos, uma vegetação selvagem com muitas flores e o vento que corta e enruga a pele das pessoas. O tema da ocupação européia sobre os índios americanos acontece, igualmente. Um julgamento importante é anulado pelo presidente dos Estados Unidos, recém libertados, porém a vida tem de continuar com a justiça feita pelas próprias mãos! Ragg se torna um homem importante e influente simbolizando o orgulho e o passado, riscados da vida dos indivíduos perigosos e influentes. O final da história é bom, apesar de um pouco previsível, mas traz alento e alegria à película, não fazendo dela um simples filme de bang-bang sem conseqüências. O filme foi baseado no livro de Robert B. Parker, de 2005.

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