segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A SUPREMA FELICIDADE DE ARNALDO JABOR






BRASIL 2010, 125 minutos
ELENCO:
Marcos Nanini
Mariana Lima
Dan Stulbach
João Miguel
Jayme Matarazzo
Elke Maravilha
Maria Flor



Este é um filme saudosista que se passa no bairro da Lapa, Rio de Janeiro, nas décadas de quarenta e cinquenta. É uma história bem REGIONAL, que falará à geração dessa época.
A película reflete a personalidade e caráter do conhecido articulista Arnaldo Jabor. Em 1946, pouco após o final da segunda Guerra Mundial, um jovem casal mora em um sobrado na Lapa. Ele é piloto da FAB e ela uma mulher bonita, inteligente e fiel dona de casa. Com sua chegada tem muitos planos para contar, principalmente a decisão de voltar a trabalhar e proporcionar uma vida mais agradável ao filho e a eles. Ocorre que Dan Stulbarch, na pele de seu marido, é um homem machista, inseguro e infiel, que jamais permitiria que sua esposa saísse de casa para ajudá-lo. Ela tem que se conformar com a decisão do marido, aliás, como faziam quase todas as mulheres dessa geração. Resignada cuida bem de Paulinho, um menino de oito anos, que ela adora e o faz de confidente. Para o garoto isso é um peso grande, por ser criança e se solidarizar com a mãe. Sua válvula de escape é seu avô, Marco Nanine, um liberal boêmio e sábio, que havia se casado com um ex- prostituta polaca, Elke Maravilha, em ótimo desempenho. Seu avô é quem apresenta a vida pândega e noturna do Rio, suas prostitutas e as alegrias e amarguras da vida para o neto. Marco Nanini representa o espírito desse trabalho. Seria, talvez, seu melhor desempenho, sem excessos ou caricaturas. É um alegre boêmio e ponto final. O pai torna-se um homem amargurado profissionalmente, descontando na família sua infelicidade e enveredando-se no mundo da bebida e prostituição. Vemos cenas tristes e até chocantes, como o assassinato de uma prostituta por um marinheiro. Pedrinho cresce junto com os colegas de escola e torna-se adolescente. Nessa fase conhece uma garota, réplica da Marylin, por quem se apaixona. Contudo não é feliz com sua família quase esfacelada e sua mãe fragilizada. O filme pretende ser um retrato do que ocorria nessas duas décadas, que preparariam as mulheres para uma revolução feminista, pois se mostrava absolutamente imperativo. Paulinho sempre contando com o avô, depois de tantos atropelos, ajusta sua vida. Os figurinos de época são bons, a decoração das casas e os objetos também. Para os nostálgicos de hoje e de ontem é um apropriado programa.

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