ARBITRAGE, DRAMA (EUA-POLONIA) 2013, 107 MIN.
ELENCO:
RICHARD
GERE – ROBERT MILLER
BRIT
MARLING – BROOKE MILLER
SUSAN SARANDON – ELLEN MILLER
Nicholas, jovem diretor talentoso
de 33 anos, tem como pai um filantropo conhecido, Jarecki, dando a ele todo o
combustível necessário para este filme, que faz uma interessante crítica sobre
o mundo dos negócios, desde a bolha imobiliária americana que ainda produz seus
efeitos até hoje. Escolhendo um elenco de primeiríssima, com Richard Gere
interpretando de maneira espetacular o bilionário Robert Miller, que já nasceu
para esse mundo, com pais muito realistas. Susan Sarandon é sua bela esposa,
que dirige uma sociedade filantrópica com o nome da família Miller. O casal tem
dois filhos, o rapaz que não dá para esse ramo, e sua filha, Brooke Miller, que
herdou do pai a sagacidade para os negócios, sendo jovem e muito correta em
suas ações. As primeiras cenas mostram o
nível de sofisticação de Robert, discutindo em seu jato particular um negócio
de minas de cobre, que comprara dos russos, mas que andava, no momento, mal das
pernas. Ele precisa vender esse negócio urgentemente por uma quantia vultosa,
pois o rombo está prestes a ser descoberto pela auditoria e sua assistente,
Brooke. Depois vislumbramos sua casa magnífica, seus filhos e netos e
principalmente sua amante possessiva, uma pintora francesa sem talento. Tudo
isso em seguida, para perdermos o fôlego, já não bastasse o dinheiro que devia
e a venda que não se concretiza, pois o comprador ora quer comprar, ora não. Ao
sair com a Mercedes da namorada, sofre um acidente de carro e ela morre. Sua
vida vira do avesso, pois já não bastassem os problemas atuais terá de se safar
do crime de assassinato. Para isso “usa”, esse é o termo, o filho negro de um
antigo chofer, que lhe é completamente fiel. Havia um investigador de polícia
que há tempos estava atrás desses grandes conglomerados por fraudes e resolve
que esta é uma excelente oportunidade para colocá-los atrás das grades. As
cenas que se seguem são muito bem dirigidas e elaboradas, dando-nos uma visão geral
de como funciona esse universo em que uma mentira, não é pecado, desde que não
seja descoberta. Todavia Brit Marling descobre o desfalque do pai que adorava e
é apoiada por sua mãe, Susan Sarandon, que no final dá um show de interpretação,
mostrando ser melhor negociadora do que o marido, uma vez que deseja preservar
a unidade familiar e o futuro da filha. Richard Gere e Susan Sarandon mostram estar
envelhecendo da melhor forma possível, desempenhando personagens críveis e
autênticos. Belo trabalho da equipe de Nicholas Jarecki.
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