IN THE LAND
OF BLOOD NA HONEY,EUA/2011, 127 MIN., DRAMA
ELENCO:
ZANA MARJANOVIC – ARTISTA PLÁSTICA
BORIS LER – CORONEL
Angelina Joli tem um belíssimo
trabalho neste drama, talvez por ser considerada durona e principalmente
talentosa. Esse é um filme humanista e aterrador, mesmo, pois denuncia todas as
atrocidades cometidas contra os bósnios, quando da dissolução da ex-Iugolávia,
sob o ditador Tito e a formação de países independentes. Os sérvios, a fim de
se vingarem dos bósnios, os atacam sem a menor piedade ou discernimento. As
imagens de Angelina Joli são apavorantes, demonstrando o que passaram todas as
mulheres bósnias e suas famílias nas mãos daqueles soldados. Foi o maior
conflito armado, com maior número de vítimas desde a Segunda Guerra Mundial, na
Europa. Para essa viagem ao passado próximo, ela escolhe um casal de etnias
diferentes, que viviam em harmonia até a guerra começar. As primeiras cenas
mostram a linda Zana Marjanovic, pintando um autorretrato e depois seguindo
para uma casa de dança, onde encontraria seu recente namorado, um jovem sérvio
que era coronel. Logo em seguida uma bomba explode o lugar, mas eles sobrevivem
e ajudam a cuidar dos feridos e mortos. Os dois são introspectivos, mas parece
que irão ter uma convivência amorosa intensa. Depois disso os bósnios são
obrigados a deixar suas casas, com a roupa do corpo. Ajla vai parar em um local
onde será prisioneira e cuidará, junto com outras jovens, dos oficiais. Ela
vira prisioneira de seu próprio namorado. A princípio isso o desagrada, pois
não queria ser soldado, mas é obrigado
pelo pai, um general durão, um dos pais da pátria. Ela será sua protegida, mas
as decorrências dos acontecimentos funestos faz com que os dois passem a desconfiar
um do outro, por deveres patriotas. Ele é obrigado pelo general a ser mais
profissional e o coronel depois de matar a primeira pessoa, que relutara tanto,
passa a encarar isso com naturalidade e um quê de satisfação. Danjel é obcecado
por Ayla e nunca desistirá dela,
fazendo sexo e a amando. Ela retribui o sentimento, mas com remorso, pois sua
família e amigas não tinham este privilégio e eram constantemente violentadas pelos
sérvios. Essas são as piores cenas e as que Joli quer enfatizar, pois são
brutalidades contra as mulheres. No terço final o general toma conhecimento do
relacionamento deles e obriga que ela pinte um retrato dele; enquanto ela passa
o pincel na tela, esse homem duro conta-lhe sobre sua origem humilde e o
massacre de sua família inteira pela etnia mulçumana bósnia. O final é
traumático, mas Joli, que dirigiu, roteirizou e produziu o filme não teria
outra opção.
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