domingo, 2 de dezembro de 2012

O HOMEM DA MÁFIA DE ANDREW DOMINIK



KILLING THEM SOFTLY, EUA/2012/97MIN./POLICIAL

ELENCO:

BRAD PITT – JACKIE

JAMES GANDOLFINI – MICKEY

BEN MENDELSOHN – JOVEM LADRÃO

SCOOT MACNAIRY – JOVEM LADRÃO

RAY LIOTTA – MARKIE

RICHARD JENKINS - ADVOGADO

 

É ótimo. É aterrador e obscuro. O tempo é péssimo, chove continuamente, a época é da futura posse de Barack Obama e a situação econômica dos Estados Unidos a pior desde os idos dos anos vinte, durante a depressão do século passado. O formidável diretor de “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”, em seu segundo longa, baseando-se no livro Cogan’s Trade, usa toda sua habilidade e criatividade para “colar” o espectador na cadeira durante 97 minutos. Uma frase do ótimo Bred Pitt define o filme: A América não é um povo, a América é negócios. E realmente, o crime transformou-se em um negócio muito bem gerenciado e calculado. Nas primeiras cenas vemos um jovem fumando à espera de outro, imundo, puxando um bando de cachorros de raça. O diálogo é hermético, mas ficamos sabendo que o dono de uma lavanderia de fachada, quer roubar o mafioso Markie, dono de uma loja de jogos clandestinos de carteado, frequentado pelas piores e mais violentas pessoas. Esse Markie já havia forjado um roubo em sua própria loja e um segundo seria, obviamente, atribuído a ele também. Seria seu fim.  Os jovens Ben Medelshon e Scott McNairy, com máscaras de nylon e armas improvisadas, farão o serviço, mas estão assinando a própria sentença de morte. A partir desse momento, com diálogos da pior qualidade, Jackie (Brad Pitt), um matador profissional, será contratado por um oponente, a fim de por ordem nas coisas, auxiliado pelo advogado Jenkins, que verá as possibilidades de saírem limpos de todos os crimes. Markie será espancado quase até a morte, assim como o obeso e viciado em sexo, Gandolfini (espetacular), em cenas inesquecíveis pela sua realidade, bem longe da violência romântica dos filmes de máfia de apenas algumas décadas atrás. O interessante agregador da história é que sempre veremos televisores ligados, com discursos dos oponentes políticos para livrar o país da ruína financeira, encaixando-se perfeitamente com as ações dos contraventores e as trovoadas que se sucedem. É tudo muito sombrio e carregado com essa película, que requer muita atenção do espectador para não se perder em tantas armadilhas, carnificinas e revanches executadas com a precisão e habilidade de um importante conglomerado global. Os artistas não deixam dúvidas quanto ao talento e esse diretor neozelandês certamente trará muita intranquilidade à plateia.  Ótimo programa!!! Se quiser conferir "O asssasinato de Jesse James.."
busque, neste blog, 21 de agosto de 2008.

 

 

 

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