quarta-feira, 17 de julho de 2013

A BELA QUE DORME DE MARCO BELLOCCHIO



LA BELLA ADDORMENTATA, FRANÇA, ITÁLIA/2012, 115 MIN. DRAMA

ELENCO:

ISABELLE HUPPERT - ATRIZ

ALBA ROHRWACHER – MARIA

TONI SERVILLO – SENADOR BEFFARDI

PIER BELLOCCHIO – MÉDICO PALLIDO

Esse grande diretor de VINCERE, épico sobre Mussolini, vem com um tema bastante interessante e atual – a eutanásia assistida. Baseado em um fato real ocorrido na Itália na época de Berlusconi, havia a jovem Eluana Englaro, em 2009, que era mantida viva em aparelhos e a briga na Justiça de sua família que queria que fossem desligados, pois a sustentavam em vida vegetativa por 17 anos.  Beppino Engaro obteve a autorização legal depois de muitos problemas políticos e sociais, via forças conservadoras e católicas. Os cinco dias finais de Eluana são retratados no filme, enquanto Berlusconi discute com parlamentares para que o apoiem e mantenham-na viva e a população que vai às ruas tanto contra como a favor do procedimento. Mais três famílias encontram-se na mesma situação. O senador Beffardi (Toni Servilho) é a favor do ato, pois tem sua esposa nas mesmas condições e uma filha católica fervorosa que é contra. Maria (Alba Rohrwacher) apaixona-se por um rapaz de outro grupo, mas tem a persuasão que seu pai matou a mulher na fase mais aguda e dolorosa da doença. Outro drama é da atriz de cinema católica (Isabelle Huppert, em um belíssimo trabalho) com a filha, também em estado vegetativo, porém mantida vestida e maquiada como se estivesse viva e cheia de saúde. Seu marido e filho já não moram com elas e são totalmente contra aquela vida artificial. Nesse caso, Marco Bellocchio nos dá a dúvida se esse sentimento é real ou, antes, uma grande encenação. O médico Pallido (Pier Bellocchio) tenta socorrer uma jovem drogada, Rossa, de uma tentativa de suicídio não saindo de seu quarto, até que conseguisse salvá-la de si mesma. Bellocchio consegue fazer um drama muito tenso e escuro sobre esses casos tão dramáticos e tão verdadeiros no dia a dia das pessoas – por fim a vida absolutamente inútil e sofrida de pessoas a que tanto amamos. É uma reflexão e tanto.

 

Um comentário:

Anônimo disse...

O filme é realmente intrigante
com um ótimo elenco.