RENOIR, FRANÇA, 2012, 111 MIN. DRAMA
ELENCO:
MICHEL
BOUQUET - RENOIR
CRISTA
THERET – ANDRÉE HEUSCHLING
VICENT
ROTTIER – JEAN RENOIR (filho)
Com esse
belíssimo filme, Gilles Bourdos conta-nos o fim de vida e obra de Auguste
Renoir e seu filho Jean Renoir, também grande cineasta da década de 30 tendo
dirigido A Grande Ilusão e A Regra do Jogo. Pierre-Auguste Renoir está na
Riviera Francesa em 1915, quatro anos antes de sua morte, e vive um dos momentos
mais angustiantes de sua existência. Viúvo, sofre de artrite e com várias
empregadas para ajudá-lo, não consegue sequer pintar sem dores terríveis. Ele
possui uma bela propriedade em Cagnes, na Côte d’Azur. Seu filho caçula é
desprezado pelo pai e os outros dois mais velhos estão na Guerra. Para amenizar
sua depressão apresenta-se uma jovem artista, belíssima e quase uma menina, que
fora escolhida por sua mulher e agora resolvera posar para ele. É aceita e
assim começa uma história de convívio difícil com esse homem intransigente.
Logo mais chega Jean da guerra, com um ferimento na perna que o faz mancar. Ele
aprecia o trabalho do pai e gosta de vê-lo pintar e se enamora pela musa, sendo
correspondido. Algum tempo depois é a vez do mais velho, Claude, chegar a casa,
tornando-se um grande fotógrafo. Está com o braço mutilado. Com essa situação
problemática o pai, ironicamente, os qualifica, os três, de aleijados. Cercado
pelas belas criadas que satisfazem o menor de seus desejos, continua pintando,
principalmente por Andrée, pelo aveludado e brancura de sua pele perfeita. Seu
lado despótico não o faz uma má pessoa, mas o caçula ressente-se muito da falta
da mãe e desprezo do pai. A fotografia do filme é magistral e a beleza da
propriedade um elemento muito importante. Jean quer ser artista da nova arte, o
cinema, voltando para a guerra, mas prometendo à amada que retornará vivo.
Tornaram-se personalidades em Hollywood, ele como diretor e ela como atriz.
Todavia acabam se separando e Catherine Hessling morrerá sem glória, ao passo
que Jean continuou sendo um ótimo diretor, recebendo todas as honras depois de
sua morte. Vale muito a pena assistir o
filme pelos quadros que aparecem e também como um acréscimo de cultura geral. O
papel de Renoir dado a Michel Bouquet foi realmente uma escolha perfeita pela
excelente atuação.
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