quarta-feira, 17 de julho de 2013

RENOIR DE GILLES BOURDOS



RENOIR, FRANÇA, 2012, 111 MIN. DRAMA

ELENCO:

MICHEL BOUQUET - RENOIR

CRISTA THERET – ANDRÉE HEUSCHLING

VICENT ROTTIER – JEAN RENOIR (filho)

Com esse belíssimo filme, Gilles Bourdos conta-nos o fim de vida e obra de Auguste Renoir e seu filho Jean Renoir, também grande cineasta da década de 30 tendo dirigido A Grande Ilusão e A Regra do Jogo. Pierre-Auguste Renoir está na Riviera Francesa em 1915, quatro anos antes de sua morte, e vive um dos momentos mais angustiantes de sua existência. Viúvo, sofre de artrite e com várias empregadas para ajudá-lo, não consegue sequer pintar sem dores terríveis. Ele possui uma bela propriedade em Cagnes, na Côte d’Azur. Seu filho caçula é desprezado pelo pai e os outros dois mais velhos estão na Guerra. Para amenizar sua depressão apresenta-se uma jovem artista, belíssima e quase uma menina, que fora escolhida por sua mulher e agora resolvera posar para ele. É aceita e assim começa uma história de convívio difícil com esse homem intransigente. Logo mais chega Jean da guerra, com um ferimento na perna que o faz mancar. Ele aprecia o trabalho do pai e gosta de vê-lo pintar e se enamora pela musa, sendo correspondido. Algum tempo depois é a vez do mais velho, Claude, chegar a casa, tornando-se um grande fotógrafo. Está com o braço mutilado. Com essa situação problemática o pai, ironicamente, os qualifica, os três, de aleijados. Cercado pelas belas criadas que satisfazem o menor de seus desejos, continua pintando, principalmente por Andrée, pelo aveludado e brancura de sua pele perfeita. Seu lado despótico não o faz uma má pessoa, mas o caçula ressente-se muito da falta da mãe e desprezo do pai. A fotografia do filme é magistral e a beleza da propriedade um elemento muito importante. Jean quer ser artista da nova arte, o cinema, voltando para a guerra, mas prometendo à amada que retornará vivo. Tornaram-se personalidades em Hollywood, ele como diretor e ela como atriz. Todavia acabam se separando e Catherine Hessling morrerá sem glória, ao passo que Jean continuou sendo um ótimo diretor, recebendo todas as honras depois de sua morte.  Vale muito a pena assistir o filme pelos quadros que aparecem e também como um acréscimo de cultura geral. O papel de Renoir dado a Michel Bouquet foi realmente uma escolha perfeita pela excelente atuação.

 

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