DE ROUILLE ET D’DOS, FRANÇA/2012, 120 MIN., DRAMA
ELENCO:
MARION
COTILLARD - STÉPHANIE
MATTHIAS
SCHOENAERTS - ALAIN
CÉLINE SALLETTE
Indicado para o Globo de Ouro de
2013 como melhor filme estrangeiro e melhor atriz dramática, Marion Cotillard de Piaf, este ótimo filme
revela Matthias como um ótimo ator. O feliz diretor conta uma história incomum
de superação e redenção. O filme começa com Cotillard, sem emprego e seu filho
de 5 anos em suas costas tentando chegar ao Sul da França para recomeçar uma
vida. De carona e comendo restos de
comida vai morar com sua irmã Ana, que vive em uma região muito pobre e é
apenas caixa de supermercado. A situação familiar é tão desastrosa, que ela
precisa pegar os produtos vencidos que seriam jogados fora no estabelecimento
para comer. Apesar dessa situação ela acolhe o irmão e praticamente adota o
sobrinho que está desnutrido e sem escola. Alain é frio, tosco e sem regras,
porém um homem que consegue mostrar que no fundo tem solidariedade. Para viver
trabalha como vigia e pratica lutas clandestinas, ajudando no orçamento
familiar. Uma história paralela nos é apresentada. A jovem treinadora de
baleias, Stéphanie, sofre um acidente em uma demonstração e está mutilada e
deprimida. Esses dois personagens se encontram e ele, um homem sem
preconceitos, ajuda a jovem a superar suas angustias como um parceiro sexual
sem nenhuma possibilidade de ser fiel. Ela vai se envolvendo com ele, mas de
outra forma e daí surge a beleza do filme. Após a perda de emprego da irmã de
Alain, por sua causa, ele dá uma reviravolta em sua vida, isso já no meio do
filme. Daí para frente o ritmo é outro como também o desenrolar da trama.
Superação desses dois personagens que em suas fragilidades encontram a força do
outro para uma vida mais feliz. Imperdível e violento, mas nem por isso deve
deixar de ser visto, pois o final compensa qualquer expectativa. Marion tem um
desempenho magnífico, mas a surpresa é o jovem belga Matthias, que atua com
excelência e foi escolhido como ator revelação de 2013 na premiação do César. O
d’os do título refere-se aos ossos da mão que nunca poderão ser realmente
curados. A dor sempre estará presente.
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