segunda-feira, 28 de abril de 2014

O GRANDE MESTRE DE WONG KAR-WI




YI DAÍ ZONG SHI, CHINA, HONG-KONG/2013, 130 MIN., DOCUDRAMA.
ELENCO:
TONY LEUNG – YIP MAN
CHIU WAI –
ZHANG ZIYI – GONG ER
Indicado ao Oscar de melhor fotografia, o diretor do ótimo Amor à Flor da Pele e Um Beijo Roubado, nos apresenta a história real da vida de Yip Man, interpretado pelo sensacional Tony Leung. Segundo a mídia ele foi o mentor de Bruce Lee. Esse é um filme histórico e quase filosófico, que se passa no fim da década de 30 do século passado, quando Yip Man é o maior lutador de kung fu no sul da China. O Norte havia sido tomado pelos japoneses e estavam em guerra. O país também passava da monarquia à república. O clã Gong, do norte, é nobre e muito respeitado. Seu chefe, já mais envelhecido, quer passar seu título a um jovem ambicioso, apesar de ter uma filha melhor lutadora do que ele, a bela Gong Er, uma das poucas personagens ficcionais do filme, segundo o diretor que também é o roteirista. Ela quer que seu pai reconheça seu valor e passe a tradição para ela. O que vale para essa família é principalmente o código de honra. O filme não tem muitos diálogos e flutua do presente para o passado e as imagens, os planos e o figurino divinos substituem quaisquer expressões de pensamento com mais precisão. O foco são os movimentos de pés e de mãos, perfeitos e letais, pois para Yip o kung fu era horizontal e vertical, somente isso. O chefe Gong gostaria que o sul do país também se aprimorasse nessa luta milenar. Casado e com filhos Yip Man é obrigado a se deslocar para Hong Kong, em 1938, durante a invasão japonesa. Homem de fibra, crente de filosofias chinesas ancestrais, vê-se em problemas maiores por ter de abandonar seu país e ainda deixar a belíssima filha de Gong, seu amor de tempos passados. Não é um filme de fácil entendimento, sendo sempre a luta predominante nos conceitos morais. A compreensão da sequência dos fatos precisa de atenção redobrada. Ótimas interpretações da jovem Zhang Ziyi e Tony Leung. Para fãs de lutas marciais é imperdível.



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