YI DAÍ ZONG
SHI, CHINA, HONG-KONG/2013, 130 MIN., DOCUDRAMA.
ELENCO:
TONY LEUNG
– YIP MAN
CHIU WAI –
ZHANG ZIYI –
GONG ER
Indicado ao Oscar de melhor
fotografia, o diretor do ótimo Amor à Flor da Pele e Um Beijo Roubado, nos
apresenta a história real da vida de Yip Man, interpretado pelo sensacional
Tony Leung. Segundo a mídia ele foi o mentor de Bruce Lee. Esse é um filme
histórico e quase filosófico, que se passa no fim da década de 30 do século
passado, quando Yip Man é o maior lutador de kung fu no sul da China. O Norte
havia sido tomado pelos japoneses e estavam em guerra. O país também passava da
monarquia à república. O clã Gong, do norte, é nobre e muito respeitado. Seu
chefe, já mais envelhecido, quer passar seu título a um jovem ambicioso, apesar
de ter uma filha melhor lutadora do que ele, a bela Gong Er, uma das poucas
personagens ficcionais do filme, segundo o diretor que também é o roteirista. Ela
quer que seu pai reconheça seu valor e passe a tradição para ela. O que vale
para essa família é principalmente o código de honra. O filme não tem muitos
diálogos e flutua do presente para o passado e as imagens, os planos e o figurino
divinos substituem quaisquer expressões de pensamento com mais precisão. O foco
são os movimentos de pés e de mãos, perfeitos e letais, pois para Yip o kung fu
era horizontal e vertical, somente isso. O chefe Gong gostaria que o sul do
país também se aprimorasse nessa luta milenar. Casado e com filhos Yip Man é
obrigado a se deslocar para Hong Kong, em 1938, durante a invasão japonesa.
Homem de fibra, crente de filosofias chinesas ancestrais, vê-se em problemas
maiores por ter de abandonar seu país e ainda deixar a belíssima filha de Gong,
seu amor de tempos passados. Não é um filme de fácil entendimento, sendo sempre
a luta predominante nos conceitos morais. A compreensão da sequência dos fatos
precisa de atenção redobrada. Ótimas interpretações da jovem Zhang Ziyi e Tony
Leung. Para fãs de lutas marciais é imperdível.
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