POUR UNE FEMME, FRANÇA, 2013, 110 MIN., DRAMA
ELENCO:
BENOIT
MAGIMEL - MICHAEL
MÉLANIE
THIERRY – LENA
NICOLAS
DUVAUCHELLE – JEAN
SYLVIE
TESTUD – ANNE
Este interessante drama foi
inspirado na própria vida da diretora, Diane Kurys, antes da morte de sua mãe,
nos anos 80 ocasionada pelo câncer, quando se depara com uma fotografia antiga
e fica sabendo que o pai não suportava o irmão e quando ela nascera ele não
tocava na mulher. Vasculhando o passado da família, resolve fazer esse filme
peculiar, colocando a jovem Anne, diretora cinematográfica, como seu alter-ego
e investigando suas origens. O filme é construído com vários flashbacks indo
dos anos 80 ao período pós-guerra em Lyon, onde a história se desenrola. Todas
as pessoas, nessa época, haviam sido afetadas por separações e traumas, às
vezes, inesquecíveis. Esse é um caso. O jovem alfaiate ucraniano, Michael, que
fora soldado na segunda-guerra mundial, mora em cima de seu atelier de
alfaiate, tendo uma clientela oscilante pelo pequeno número de roupas feitas,
devido à falta de tecidos. Casado com a belíssima Lena, o casal vive feliz e
foca suas vidas no futuro. Eles têm uma filha pequena, loura como a mãe, mas
apesar dos desvelos da mulher, é um marido muito ciumento e opressor. Michael
faz parte do partido comunista da cidade, tendo como diretor um sisudo homem
casado com uma jovem feminista, cuja amizade influenciará nas decisões futuras
da doce Lena. Ela é um raio de luz que irradia por onde passa, com seus
vestidos bem escolhidos e seu lindo cabelo. Um dia, do nada, aparece em sua
casa o belo Jean, dizendo ser irmão de Michael, que não o vê desde os nove anos
e supunha-se que não tivesse sobrevivido à guerra. Alguns fatos, porém, fazem
com que ele acredite no irmão e dê guarida a ele e seu companheiro, Sacha, que
fica sempre por perto. Esse arranjo seria por pouco tempo. Todos são judeus e
ligados ao comunismo. Jean é um jovem sensível, procurando ajudar o irmão com
ideias modernas, que alavancarão sua vida. Ocorre que com o convívio diário,
Jean acaba se apaixonando por Lena e é correspondido. Lena sente-se mal com tal
sentimento, pois seu marido havia se apaixonado e casado com ela para que não
morresse em uma prisão. Entre a devoção que sentia pelo marido e esse novo
acontecimento ela quase perde seu norte. Quando o filme volta aos anos oitenta,
seu pai já um senhor e Anne tenta fazer um manuscrito da vida familiar com a
ajuda de sua irmã mais velha. Anne havia descoberto, como na vida real, uma
foto antiga onde estão a mãe, a irmã mais velha e o tio, sorrindo em um parque.
A partir daí elas vão compondo o possível destino da família, pois Jean havido
partido para a Palestina naquela época para não mais voltar e talvez fosse o
verdadeiro pai de Anne. Um drama sensível e bem desenvolvido. Ótima fotografia,
costumes de época muito elegantes, maquiagem perfeita e tudo o que se possa
desejar de um filme de tempos passados. Vale muito assisti-lo.
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