domingo, 21 de fevereiro de 2016

BROOKLIN DE JOHN CROWLEY




BROOKLIN DE JOHN CROWLEY
ELENCO:
SAOIRSE RONAN – EILIS
JULIE WALTERS – DONA PENSÃO
EMORY COHEN – TONY
Esse filme, adaptado do livro de Colm Tóibín e roteirizado pelo badalado Nick Hornby, ganhou três indicações ao Oscar. Melhor atriz, melhor filme e melhor roteiro adaptado, sendo o mais suave dessa leva de melhores filmes estrangeiros, todavia sem grande carga emocional. Um filme tradicional. Trata-se da história de uma jovem irlandesa, Eilis, que mora em uma cidadezinha sem nenhum futuro. Eram os anos cinquenta. Vivia com a mãe viúva e uma irmã mais velha, bem sucedida profissionalmente, tendo concluído um curso universitário. Nossa heroína, apesar de muito inteligente e com uma bela postura, não tinha dinheiro nem emprego para tal ambição. Desolada com a morosidade da cidade, sua irmã, através de um amigo padre que mora no Brooklin, Nova York, resolvem ajudá-la. Ele arranja-lhe um lugar para ficar e um emprego em uma fina loja de departamentos, que não tem nada a ver com a “caipirinha” Eilis. No navio conhece uma irlandesa, que já morava nos Estados Unidos e dá algumas dicas para que ela pareça mais confiante e madura, inclusive dando-lhe uma roupa para se apresentar na migração. Aceita, entra sem dificuldades e vai direto à pensão, cuja dona só recebe garotas recomendadas e irlandesas como ela. Eilis fica deslocada, pois suas companheiras já têm hábitos americanos e na loja é tímida, mas ajudada por sua chefe. O padre vai ser o personagem mais importante para que se adapte ao novo país. Matricula-a em um curso de escriturários, na Universidade do Brooklin, para que possa vir a ser contadora. Era boa nos números e muito pragmática. Mas é Tony quem faz sua vida possível naquele lugar imenso e sem família. Ele é de origem italiana e se apaixona por ela, a primeira vista, pedindo que saia com ele com todo respeito. Seu sonho era namorar uma irlandesa católica e além do mais ela é linda. Os dois se apaixonam e a vida começa a melhorar rapidamente, até que recebe a notícia da morte da irmã, tão jovem ainda. Antes que ela parta de volta, Tony pede-a em casamento e quer que seja no mesmo dia, pois tinha medo de que não voltasse mais. Meio a contra gosto acaba cedendo e parte para a Irlanda já casada, mas tudo seria um grande segredo. Com o passar do tempo e muito mais vivida vai gostando de estar de volta e até arranja um trabalho temporário e um admirador sincero. As cartas dos States vão se acumulando e ela não as abre. É muito jovem e está confusa com as mudanças de sua terra natal e de sua vida, antes bastante monótona, até que a dona de uma confeitaria, figura ferina e maléfica, a traz de volta à realidade. Desse modo toma a decisão mais certa para sua felicidade. Adaptação de época excelente e bom desempenho de Saoirse Ronan. Contudo, acho que não emplacará na disputa. Delicado e agradável de assistir, principalmente por ser o início da emancipação feminina. Recomendo, apesar de não ser ótimo.


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