ROOM, CANADÁ-IRLANDA, 2015, DRAMA, 118 MIN.
ELENCO:
BRIE LARSON
– JOY
JACOB
TREMBLAY – JACK
Esse “estranho” e bom filme
foi adaptado da novela homônima de Emma
Donoghne e ganhou vários prêmios internacionais, foi indicados a quatro
nomeações incluindo, melhor filme estrangeiro, melhor diretor (ganhou Globo de
Ouro), melhor atriz e roteiro adaptado ao Oscar. Nesta leva de filmes de 2015
representando seus países, eles são tristes e bastante dramáticos. O filme começa
com uma jovem de 24 anos, Joy, brincando com seu filho e fazendo ginástica e
corrida, em um espaço mais do que exíguo. Apenas um quartinho com pia, vaso
sanitário, uma cama de solteiro, onde dormiam e um armário, onde eventualmente
Jack dormia. O único contato com o mundo exterior é um estranho, chamado de Old
Nick, que leva poucos suprimentos e remédios. Não dá para saber do que se
trata. Ela é muito afeiçoada ao filho, que parece uma menina, pois os cabelos
nunca foram cortados e aí residia sua força, como a de Sansão. Educado pela mãe
é muito inteligente e cortês. Mas quando o homem chega precisa dormir no
armário! Descobrimos, então, que eles estão em cativeiro. Ela há 7 anos morava
lá, desde seus 17, quando fora raptada por esse monstro, que abusava dela. Havia
uma televisão velha, “o mundo de fora”, e apenas uma clara boia, onde viam o
céu, que ela explicava ser o universo cheio de planetas. Quando ele faz cinco
anos, Joy decide que já está grande o bastante e planeja fugir de lá com o
filho. Ensaiando à exaustão, ele se finge de morto, é enrolado em um velho
tapete e seu pai deveria deixar o corpo em um lugar bem arborizado. Quando o
garoto está preparado para isso, o plano é executado e como previsto ele pula
da carroceria e chama a atenção de pessoas, que chamam policiais para
ajudá-los. Com o auxílio do menino, que embora falando muito baixo, tímido e
inseguro, chegam ao cativeiro e libertam Joy. Vão parar em um hospital para se
adaptarem à nova realidade. Parecia que para Jack seria pior, mas com apenas 5
anos tem mais plasticidade para começar nova vida. Encaminham-se para a casa
dos pais, mas Joy se ressente, pois sua mãe tinha um novo companheiro, homem
amadurecido e muito especial. Com a ajuda da avó e do novo namorado, Jack começa
uma grande reabilitação, contudo sua mãe está internada em um hospital
psiquiátrico, depois de uma entrevista com a imprensa. Não suportou as
perguntas impertinentes. O garoto pede para a avó cortar seu rabo de cavalo e
entregá-lo à mãe para que também tenha coragem e possa enfrentar o futuro. Esse
gesto faz com que ela sinta novas forças e volte para junto de seu verdadeiro
amor, seu filho. A pedido dele vão visitar pela última vez o cativeiro, pois
por incrível que pareça, ele se sentia protegido lá e gostava daquele mundo. O
final é cativante, parecendo que poderão seguir em frente. A atriz relatou que
mais do que um filme de crime, o considerava de autoconhecimento, amor e
amadurecimento. O pequeno Jacob, em desempenho excepcional, ganhou prêmio como
melhor ator infantil e um Festival Internacional. Bom, mas repito, triste.
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