CAPTAIN FANTASTIC, ESTADOS UNIDOS, 2016
ELENCO:
VIGGO MORTENSEN – BEN
FRANK LANGELLA – SOGRO
GEORGE MACKAY – FILHO MAIS VELHO
Capitão Fantástico vai fundo no
sério assunto da criação dos filhos. Ben e sua mulher, ambos intelectuais
vivendo em Paris, resolvem comprar terras virgens nos Estados Unidos, viver e
educá-los sozinhos para que se tornem seres pensantes, independentes e sem as
frivolidades das grandes cidades. O filme começa com um belo alce alimentando-se de folhas em uma floresta,
quando subitamente é abatido. Seria outro animal? Não, era o rito de passagem
do filho mais velho, sendo capaz de matar uma presa tão grande e forte. Sua
família logo aparece e o pai faz um sinal no rosto coberto de lama do rapaz,
para confirmar sua independência. A família planta o que come, caça as
proteínas necessárias e vive como os antigos indígenas, mas com uma cultura
intelectual incalculável. Desde muito cedo têm aulas de física, filosofia e
várias áreas do conhecimento humano de maneira rigorosa para que possam se
expressar com suas próprias ideias. São pequenos filósofos desde cedo.
Autodidatas e autossuficientes. Ocorre que a mãe deles está em um hospital por
ser bipolar e em estado muito grave. Ben recebe a notícia de sua morte por
suicídio através de sua irmã. Ele dá a notícia às crianças da maneira mais
verdadeira e adulta possível. Eles absorvem, mas sofrem muito, uma vez que
estavam ansiosos por sua volta. Nesse cenário fantástico, Ben (Viggo Mortensen,
indicado ao Oscar de melhor ator) decide pegar seu ônibus e partir para o
funeral da mulher, que, budista, gostaria de ser cremada. O sogro avisa que se
aparecerem ele será preso. A partir do convívio com os avós, eles começam a
fazer suas escolhas de que tipo de vida gostariam de ter, realmente. O mais
velho havia entrado em todas as melhores universidades dos Estados Unidos,
graças a sua formação impecável. Vários conflitos quase intransponíveis
ocorrem, inclusive um grave acidente com uma das meninas que por pouco não
morre. Ben, horrorizado com o incidente, pondera que o melhor seria deixar os
filhos com os avós. Fim da história? Errado, é necessário ver o restinho do
filme para chegar ao resultado que o diretor e roteirista, Matt Ross, oferece
ao público. Bom espetáculo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário