sexta-feira, 14 de julho de 2017

PERDIDOS EM PARIS DE FIONA GORDON E DOMINIQUE ABEL





PARIS PIEDS NUS, FRANÇA-BÉLGICA, 2017, 83 MIN., COMÉDIA.
ELENCO:
FIONA GORDON – FIONA
DOMINIQUE ABEL – DOM
EMMANUELLE RIVE – TIA MARTHA



Nessa deliciosa comédia burlesca e non-sense temos os mesmos atores e diretores do ótimo Rumba. Trata-se de um filme que explora somente o essencial, pois ele todo é um apanhado de cenas de dança, explorando os quatro cantos de Paris. Outra referência relevante é a derradeira participação no cinema da ótima Emmanuelle Rive. A história é simples: Fiona, uma bibliotecária canadense, recebe uma carta, avisando que sua tia que vive em Paris precisava de ajuda. Com seu físico alto e magro, explora seus limites, vestindo-se de uma maneira antiga e carregando nas costas uma enorme mochila vermelha, com a bandeira do Canadá espetada na parte de cima. Seu cabelo é um caso perdido. Ao desembarcar em Paris, perde sua bagagem e fica sabendo que Martha havia desaparecido de seu endereço, pois fora ameaçada a ser internada em uma casa de idosos. Apesar de ser um pouco senil, é cheia de vigor e desejos. A partir do momento em que a heroína perde seus documentos uma avalanche de contratempos ocorre para nossa alegria.  Ela esbarra em Dom, um homem que vive na rua, vestindo sua blusa e portando sua bolsa. Inconformada vai atrás dele até que se encontram em um bateaux-mouche às margens do Sena. Lá, durante o jantar, dançam um espetacular tango sensual, com seus corpos flexíveis e vigorosos. Eles passam a formar uma dupla à procura de Martha, que encontrando um velho amigo, sentam em um banco para conversar e exibem um balé de pés idosos extraordinário. Tudo é realizado com o mínimo de esforço, economicamente. A fim de encontrarem a tia, escalam a torre Eiffel, em outro número imperdível de acrobacia e talento. O filme se desenrola com leveza, deliberadamente mostrando Paris de cartões postais. Imperdível para quem gosta do gênero, mas talvez perigoso para os apreciadores de comédias rasgadas. Particularmente, morri de rir o tempo todo. 

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