DEMAIN TOUT COMMENCE, FRANÇA, REINO UNIDO, 118 MIN. COMÉDIA
DRAMÁTICA
ELENCO:
OMAR SY – SAMUEL
CLÉMENCE POÉSY - KRISTIN
ANTOINE BERTRAND – PADRINHO
GLORIA CÓLSTON - GLORIA
Omar Sy é esse filme pela sua
presença inigualável e seu talento. No papel de Samuel, um jovem que vive na
Riviera Francesa, sem nenhuma responsabilidade e com um trabalho que permite
que conheça muitas mulheres e se divirta com elas, em um belo dia leva um
grande susto. Do nada, aparece a loira Kristin, com quem tinha dormido apenas uma
vez, com um bebê no colo dizendo que era
filha dele e que não tinha como ficar com ela. Coloca a garotinha, Glória, em
seus braços e desaparece. Desesperado corre para o aeroporto a fim de devolver
o “pacotinho”, mas já era tarde demais. Na confusão, esbarra em um produtor de
cinema gay, que lhe oferece um emprego de dublê e ainda os recolhe em seu
apartamento. Com o tempo pai e filha vão se adaptando e a vida não poderia
estar melhor. Sua nova casa mais parece um parque de diversões, com
escorregador no lugar da escada, que acaba em uma grande piscina de bolinhas.
Os “móveis” da casa são todos cópias de peças de parques infantis, além de uma
bela sexta de basquete. Glória joga bola com o pai e o acompanha em seu
trabalho, pois além de ser uma grande companheira é sua tradutora, uma vez que
ele não fala inglês. À escola comparece quando pode e não é forçada por ele,
mesmo que a diretora o chame com certa assiduidade para saber os motivos das
faltas. Até ao médico vão juntos e deste modo ficamos sabendo que o resultado
dos últimos exames não deixam dúvidas, a vida que resta será bem curta. Nesse
momento o filme, apesar de muito divertido, deixa uma sombra de tristeza e dor.
Como ela irá ficar com a falta do pai? Depois de oito anos Kristin volta com um
namorado para restabelecer contatos com a criança. Isso para Samuel é
impensável, sua vida sem ela não teria significado e também para seu chefe, que
se tornara o padrinho da garota. Nesses momentos o desempenho dos atores,
principalmente de Sy, tem que ter uma dose certa de humor e tragédia e é isso
exatamente o que ocorre, mostrando novos formatos de famílias e como lidar com
isso. Ótimo filme que, apesar do final, tem cenas de calor humano e desprendimento
pessoal. A pequena Gloria Cólston mostra-se uma excelente atriz mirim.
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