quarta-feira, 28 de novembro de 2018

INFILTRADO NA KLAN DE SPIKE LEE




BLACKKKLANSMAN, EUA, 2018, 136 MIN., POLICIAL

ELENCO:
JOHN DAVID WASHINGTON  - RON STALLWORTH
ADAM DRIVER – FLIP ZIMMERMAN
TOPHER GRACE - DAVID DUKE

Spike Lee, diretor norte americano de 61 anos, volta com esse filme extraordinário, baseado em fatos reais ocorridos nos anos 70, contando a história do racismo nos Estados Unidos e no mundo em geral. A época era arrepiante, quando as atividades da Ku Klux Klan estavam no auge. Em Colorado Springs o jovem negro, Ron Stallworth, apresenta-se à branquíssima polícia da cidade oferecendo-se ao cargo de policial. Inteligente e muito bem articulado consegue o posto. Respondendo a um anúncio de jornal da Ku Klux Klan solicita entrar para a entidade com seu próprio nome, através de telefone e cartas, mas tendo um policial branco e judeu, Flip Zimmerman, passando-se por ele quando sua presença é solicitada. Ambos são motivos da agressão racista.  Ele concebera um plano infalível de entrar na organização e expor os crimes de violência e ódio espalhados por ela. Spike Lee explora com grande maestria e humor a situação absurda vivida não só na época, mas até os dias de hoje de formas diferentes. O “poder branco” e o “poder negro” estavam no auge e aparecem constantemente durante o longa. Os brancos queriam” Primeiro a América, Grande Novamente”, como vemos muito nesses dias de noticiários do país. Ron apaixona-se por uma jovem universitária negra que é uma das principais chefes daquele grupo. Apesar de o filme ser uma sátira, que empresta o humor, ele é assustador pelos diálogos de ódio proferidos pelos brancos com relação aos negros. São tão inacreditáveis que vão além do absurdo. A dupla de policiais conhece o chefão da organização, David Duke, que pretende seguir a carreira como político americano de sucesso. São cenas engraçadas entremeadas com verdadeiras aberrações sócio-políticos. No final do filme levamos um soco no estômago com a aparição do fanático Trump falando sobre os ataques neonazistas contemporâneos e como o tema continua atual, não só lá e no Brasil, mas globalmente, conforme entrevista do diretor ao jornal Guardian. Absolutamente imperdível, um filme elegante, belo figurino, música e muitíssimo bem dirigido! Levou o premio de Cannes. As primeiras imagens são as verdadeiras dos protagonistas.

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