BLACKKKLANSMAN,
EUA, 2018, 136 MIN., POLICIAL
ELENCO:
JOHN DAVID
WASHINGTON - RON STALLWORTH
ADAM DRIVER
– FLIP ZIMMERMAN
TOPHER GRACE - DAVID DUKE
Spike Lee, diretor norte
americano de 61 anos, volta com esse filme extraordinário, baseado em fatos
reais ocorridos nos anos 70, contando a história do racismo nos Estados Unidos
e no mundo em geral. A época era arrepiante, quando as atividades da Ku Klux
Klan estavam no auge. Em Colorado Springs o jovem negro, Ron Stallworth,
apresenta-se à branquíssima polícia da cidade oferecendo-se ao cargo de
policial. Inteligente e muito bem articulado consegue o posto. Respondendo a um
anúncio de jornal da Ku Klux Klan solicita entrar para a entidade com seu próprio
nome, através de telefone e cartas, mas tendo um policial branco e judeu, Flip
Zimmerman, passando-se por ele quando sua presença é solicitada. Ambos são
motivos da agressão racista. Ele
concebera um plano infalível de entrar na organização e expor os crimes de violência
e ódio espalhados por ela. Spike Lee explora com grande maestria e humor a
situação absurda vivida não só na época, mas até os dias de hoje de formas
diferentes. O “poder branco” e o “poder negro” estavam no auge e aparecem
constantemente durante o longa. Os brancos queriam” Primeiro a América, Grande
Novamente”, como vemos muito nesses dias de noticiários do país. Ron
apaixona-se por uma jovem universitária negra que é uma das principais chefes
daquele grupo. Apesar de o filme ser uma sátira, que empresta o humor, ele é
assustador pelos diálogos de ódio proferidos pelos brancos com relação aos
negros. São tão inacreditáveis que vão além do absurdo. A dupla de policiais
conhece o chefão da organização, David Duke, que pretende seguir a carreira
como político americano de sucesso. São cenas engraçadas entremeadas com verdadeiras
aberrações sócio-políticos. No final do filme levamos um soco no estômago com a
aparição do fanático Trump falando sobre os ataques neonazistas contemporâneos
e como o tema continua atual, não só lá e no Brasil, mas globalmente, conforme
entrevista do diretor ao jornal Guardian. Absolutamente imperdível, um filme
elegante, belo figurino, música e muitíssimo bem dirigido! Levou o premio de
Cannes. As primeiras imagens são as verdadeiras dos protagonistas.
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