quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O VENCEDOR DE DAVID O. RUSSEL







THE FIGHTER EUA/2010 115 MINUTOS
ELENCO:
Christian Bale- Dicky Eklund
Mark Walberg – Micky Ward
Amy Adams - Charlene
Melissa Leo – Alice
Sete indicações para o Oscar
Filme, diretor, ator coadjuvante, atriz coadjuvante, atriz coadjuvante, roteiro original e montagem

David O. Russel, que depois de muito tempo dirigiu este trabalho, nos conta muito menos sobre uma história de boxe do que sobre conflitos familiares, escolhas de vida, superação e manipulação familiar, como mais dois filmes em cartaz: O Inverno da Alma e Cisne Negro. Trata-se de uma família judia, que apesar de unida é totalmente atípica e desestruturada. Dois irmãos Dicky, o mais velho, e Micky estão ligados pelo boxe. Dicky como seu treinador, outrora astro do boxe e tendo derrubado em uma luta o legendário Sugar Ray Leonard, e Micky como o jovem de 31 anos que o venerava e aprendera tudo que sabe com ele. A mãe, corruptível, é sua empresária, tendo mais sete filhas horríveis e despudoradas como ela. O filme começa em Massachusetts, 1993, quando uma estação de televisão filma a vida de Dicky, todavia não como ídolo, mas como drogado em craque que pusera sua vida a perder por causa do vício. Mesmo assim Dicky sente-se eufórico, pois pensava em continuar na profissão. Alice e Christian Bale, ambos em ótimo desempenho, manipulam o rapaz como escada, ou seja, para ajudar a vitoria de oponentes mais fortes e promissores. Em um bar conhece a linda bartender Charlene (expressiva), que concorda em sair com ele se voltasse de Atlantic City, onde iria lutar. Ocorre que o opositor é substituído por outro muito maior, que o massacra, com a aceitação da mãe, Alice, para que ganhasse o dinheiro da luta. Charlene será uma personagem importantíssima para a virada da história de seu namorado, porque com seu apoio irá enfrentar a família sugadora de seus esforços e encarar uma nova carreira, treinando em Las Vegas e tendo um pagamento fixo. Isso devasta e divide as relações familiares expondo feridas ainda não confessadas. Dicky é preso por roubo e vício, indo parar na cadeia. Orgulhoso, pois é carismático e venerado pelos colegas de presídio, volta a treinar no presídio para competir, conseguindo se livrar do vicio. São tomadas de cenas muito interessantes, pois mostram a evolução dos irmãos, cada um à sua maneira. Micky está muito em forma, também psicologicamente, bem mais magro e tendo vencido algumas lutas com lutadores do mesmo peso. Chegara a hora de lutar por um título mundial na Inglaterra. Seus agentes decidem que está pronto, mas nesse momento crucial sua mãe, irmão, agora livre, e irmãs se interpõem e quase destroem essa oportunidade única. Impondo-se, Micky consegue que seus agentes prossigam, mas aceitem a presença de Dicky junto ao seu atual treinador. Em Londres a arena está cercada de pessoas que torcem por seu oponente, que em vários rounds quase acaba com Micky Ward. Lutador de golpes profundos e fortes segue o conselho do irmão e consegue nocautear o astro na altura dos rins, depois de cansá-lo. O filme nesse terço final é empolgante e mostra uma história verídica de superação de si mesmo através do esforço, amor familiar e bom senso. No fim os dois irmãos verdadeiros aparecem como uma homenagem. As indicações para o Oscar são merecidas e a história muito interessante.

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