THE MASTER,
EUA/2012, DRAMA, 144 MIN.
ELENCO:
PHILIP SEYMOUR
HOFFMAN – LANCASTER DODD
JOAQUIN PHOENIX – FREDDIE QUELL
AMY ADAMS – ESPOSA MESTRE
LAURA DERN
Com três indicações para o Oscar,
melhor ator, melhor ator e atriz coadjuvante, Anderson nos conta uma história
com desempenhos fantásticos de seus personagens. Phoenix incorpora um ex-marinheiro
combatente da Segunda Guerra Mundial de arrepiar. Sua postura corporal, principalmente, é
totalmente alterada, com ombros para frente, coluna e costelas que se curvam
para quase uma corcunda e a magreza impressionante, mas seu rosto é o que fala
mais. Hoffmann como líder religioso carismático e místico, que arregimenta
fiéis para sua seita, vai da fúria a docilidade em segundos e acredita no que
está representando. Amy, linda, também está impecável. O filme começa com
jovens marinheiros em guerra, divertindo-se em uma praia e construindo uma
escultura de areia representando uma mulher nua deitada. Seus seios e tudo o
mais são perfeitos. Freddie (Phoenix) está distante, observando, mas quando se
junta aos outros, tem um comportamento bizarro com relação a ela. Nesse momento está sendo anunciado o final da
guerra e todos poderão partir para suas casas. Observamos que o protagonista,
alcoólatra com um comportamento arredio e distante, está sem destino. Todos
deverão passar por exames médicos e mentais pela tragédia que presenciaram e
participaram. Freddie é único em suas reações. Empregado como fotografo em um
grande Magazine, perde o cargo por agredir um cliente. De lá, também se dá mal
como agricultor e desesperado caminha em direção ao cais, seu meio. Preparador
de drinques fortíssimos, bêbado, acorda em um navio, levado inconsciente para
uma cabine. Esse navio é comandado por Lancaster Dodd, que se reconhece como
cientista, médico, filósofo e escritor. Isso se passa em 1950, quando várias
seitas são “construídas” no país. Ele quer que o instável Freddie seja sua
cobaia e seu parceiro para seus experimentos religiosos, que consiste em
sessões de hipnotismo a fim de chegarem a vidas passadas, algumas quando nem
existiam homens no nosso planeta. A recompensa é uma saúde perfeita e uma vida
sem traumas passados. O barco é o refugio para escrever e pensar. Em terra toda
família, que agora inclui Freddie, parte para exibições entre a sociedade mais
endinheirada. Seus métodos são bastante discutíveis e chega a ser enviado para
a prisão em Filadélfia e fora também confrontado por um médico em Nova York.
Freddie está tão deslumbrado com seu mestre que aniquila seus opositores. Dodd
acredita que pode salvá-lo de si próprio e seu alcoolismo. Essas cenas de
envolvimento de Freddie com sua família são fortes e excepcionais. O filme trata do poder de dominação e convencimento
de outras pessoas por um mestre, que, neste caso, foi inspirado na vida de L.
Ron Hubbard, fundador da Cientologia, muito popular entre os astros de Hollywood
no momento, como ator Tom Cruise. Apesar de todas as suspeitas de fraude e
domínio, Lancaster Dodd consegue ter certo sucesso. Freddie é livre e abandona
seus companheiros para voltar a morar sozinho, indo visitar seu grande amor de
juventude, que antes não ousara fazê-lo. Recebendo inesperadamente um pedido de
socorro do Mestre, chega à Inglaterra, onde haviam conseguido abrir uma escola
majestosa. No terço final, você verá atuações
surpreendentes que não vão decepcioná-lo. Em minha opinião é uma história não
muito incomum, mas o desempenho dos atores e a excelente direção, roteiro e
fotografia do diretor do famoso Sangue Negro, fazem toda diferença. Programão.
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