ZERO DARK THIRTY, EUA, 2012, 157 MIN. DRAMA POLÍTICO.
ELENCO:
SCOTT
ATKINS
JOEL
EDGERTON
JESSICA CHASTAIN – MAYA
CHRIS PRATT
Também indicado ao Oscar, este ótimo
docudrama da diretora premiada de GUERRA AO TERROR, ganhador do Oscar em 2010,
com roteiro de Mark Boal, descreve todo o processo que culminou na morte de
Osama Bin Laden, em 2 de maio de 2011. Foram quase dez anos de um processo
trabalhoso, burocrático e infernal, pois em Guantánamo houve vários casos de
tortura mostrados pela mídia mundial e muito criticados. O encerramento do caso
foi amplamente divulgado, mas parte dos meandros desse processo ainda permanece
confidencial. Juntamente com Boal, que foi em busca de testemunhas do caso, Kathryn
conta sua versão, sob o ponto de vista de uma novata oficial da CIA, que
acompanha essa caçada como se o desvendar dessa missão dependesse sua vida.
Trata-se da agente Maya, interpretada pela talentosa Jessica Chastain, que
apesar de sua pouca idade faz frente aos
seus chefes e, determinada, passa oito anos em busca do maior inimigo dos
Estados Unidos daquela época. Sua figura frágil e bela só soma a essa
personagem, cujo nome continua em sigilo. No início do filme, sem imagens,
ouvimos as primeiras conversas desencontradas sobre o ataque de 11 de setembro
de 2001. O filme pula dois anos para a prisão de Guantánamo, onde um colega de
Maya torturava os árabes presos para que confessassem o paradeiro dos membros
da Al-Qaeda. Essa prática tenebrosa, na época de Bush, era considerada a única
saída para a revelação do esconderijo de Bin Laden. O filme se passa nos
Estados Unidos, Oriente Médio e alguns países europeus que também sofreram
ataques da organização criminosa. Com base no Paquistão, um grupo de
funcionários dão sua vida e sangue para concretizar a missão. O presidente
atual é muito específico e não gostaria de continuar gastando milhões de
dólares em missões sem sucesso. Maya, com sua perseverança e análises árduas,
chega à conclusão de que Obama escondia-se em uma casa fortaleza em Islamabad,
contudo sua tese é posta em dúvida por seus chefes. O filme é um thriller de
tirar o fôlego e deixa o espectador respirando baixo para não perder o fio
condutor da trama. O último terço do filme é conhecido, mas não por isso menos
interessante e eletrizante. A Marinha americana com oficiais de alto gabarito
segue, em dois helicópteros para essa espécie de bunker. Ao aterrissarem um dos
helicópteros sofre uma pane e deverá ser destruído. As cenas desses soldados,
com equipamentos de guerra moderníssimos e capacetes providos de óculos para
ver no escuro, são de total realismo. É um final muito bem dirigido, que nos
traz uma sensação de vitória contra o terrorismo, apesar de, infelizmente, não
sê-lo. Programa imperdível, que poderá marcar época, apesar das críticas
avessas de alguns jornais e revistas, na Europa e Estados Unidos.
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