domingo, 17 de fevereiro de 2013

A HORA MAIS ESCURA DE KATHRYN BIGELOW



ZERO DARK THIRTY, EUA, 2012, 157 MIN. DRAMA POLÍTICO.

ELENCO:

SCOTT ATKINS

JOEL EDGERTON

JESSICA  CHASTAIN – MAYA

CHRIS PRATT

Também indicado ao Oscar, este ótimo docudrama da diretora premiada de GUERRA AO TERROR, ganhador do Oscar em 2010, com roteiro de Mark Boal, descreve todo o processo que culminou na morte de Osama Bin Laden, em 2 de maio de 2011. Foram quase dez anos de um processo trabalhoso, burocrático e infernal, pois em Guantánamo houve vários casos de tortura mostrados pela mídia mundial e muito criticados. O encerramento do caso foi amplamente divulgado, mas parte dos meandros desse processo ainda permanece confidencial. Juntamente com Boal, que foi em busca de testemunhas do caso, Kathryn conta sua versão, sob o ponto de vista de uma novata oficial da CIA, que acompanha essa caçada como se o desvendar dessa missão dependesse sua vida. Trata-se da agente Maya, interpretada pela talentosa Jessica Chastain, que apesar de sua pouca idade  faz frente aos seus chefes e, determinada, passa oito anos em busca do maior inimigo dos Estados Unidos daquela época. Sua figura frágil e bela só soma a essa personagem, cujo nome continua em sigilo. No início do filme, sem imagens, ouvimos as primeiras conversas desencontradas sobre o ataque de 11 de setembro de 2001. O filme pula dois anos para a prisão de Guantánamo, onde um colega de Maya torturava os árabes presos para que confessassem o paradeiro dos membros da Al-Qaeda. Essa prática tenebrosa, na época de Bush, era considerada a única saída para a revelação do esconderijo de Bin Laden. O filme se passa nos Estados Unidos, Oriente Médio e alguns países europeus que também sofreram ataques da organização criminosa. Com base no Paquistão, um grupo de funcionários dão sua vida e sangue para concretizar a missão. O presidente atual é muito específico e não gostaria de continuar gastando milhões de dólares em missões sem sucesso. Maya, com sua perseverança e análises árduas, chega à conclusão de que Obama escondia-se em uma casa fortaleza em Islamabad, contudo sua tese é posta em dúvida por seus chefes. O filme é um thriller de tirar o fôlego e deixa o espectador respirando baixo para não perder o fio condutor da trama. O último terço do filme é conhecido, mas não por isso menos interessante e eletrizante. A Marinha americana com oficiais de alto gabarito segue, em dois helicópteros para essa espécie de bunker. Ao aterrissarem um dos helicópteros sofre uma pane e deverá ser destruído. As cenas desses soldados, com equipamentos de guerra moderníssimos e capacetes providos de óculos para ver no escuro, são de total realismo. É um final muito bem dirigido, que nos traz uma sensação de vitória contra o terrorismo, apesar de, infelizmente, não sê-lo. Programa imperdível, que poderá marcar época, apesar das críticas avessas de alguns jornais e revistas, na Europa e Estados Unidos.  

Nenhum comentário: