quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

AS SESSÕES DE BEN LEWIN



THE SESSIONS, EUA, 2012, 95 MIN. DRAMA

ELENCO:

 JOHN HAWKES – MARK O’BRIEN (1949-1999)

HELEN HUNTS – TERAPEUTA CHERYL

WILLIAM H. MACY – PADRE

MOON BLOODGOOD –

Apesar de serem filmes que retratam homens deficientes, o ótimo Intocáveis e As sessões seguem linhas completamente opostas. Mark O’Brien, poeta e jornalista formado em Berkeley e orador brilhante de sua turma, vive só e responsabiliza-se por seu sustento com seu próprio trabalho. Baseado em um artigo sobre Deficiência e Sexualidade, o ótimo diretor Ben Lewin, ele mesmo um paraplégico, dirige este humano e magnífico trabalho. Mark era um garoto normal até os seis anos, quando contrai poliomielite e fica totalmente paralisado do pescoço para baixo, apesar de ter conservado a sensibilidade. O filme começa quando ele, já adulto em 1988, recebe uma proposta para escrever sobre a sexualidade nos desabilitados. Não tendo muitos amigos e sendo católico fervoroso, resolve se confessar, ou melhor, se aconselhar com o padre de sua paróquia. Sendo virgem aos 38 anos, apesar de já ter tido várias ereções espontâneas, quer saber se seria pecado ter uma mulher no sentido bíblico. O padre, depois de olhar para um Cristo crucificado em sua frente, resolve absolvê-lo uma vez que Deus provavelmente fecharia os olhos para esta exceção. Com a ajuda de uma acompanhante chinesa e um homem, vive deitado em uma maca com um pulmão de aço sobre ele, tendo somente 4 horas por dia para livrar-se do aparato. O seu problema é tão grave que escreve e realiza pequenas tarefas com a boca, apertando botões. Persistente, acaba encontrando uma eficiente e séria terapeuta sexual, casada com um filósofo, que promete ajudá-lo em seis sessões ou menos, daí o título do filme. Ambos sentem uma grande empatia e John Hawkes, brilhantemente encarando o herói, cede aos pedidos de Cheryl, Helen Hunt apontada para o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Entre eles surge um “amor”, que ajuda muito para que sua missão seja cumprida já na quarta sessão. Ele se mostra além de inteligente, carismático e o homem que qualquer mulher gostaria de ter como parceiro sexual. Após algum tempo, Mark, finalmente, encontra sua parceira ideal e tem uma vida feliz e plena por anos. Apesar do final inesperado da trama, a história consente que o espectador se sinta identificado com os acontecimentos. Ben Lewin está tão intenso em seu papel, que poderia concorrer ao Oscar de melhor ator.  Mais um concorrente ao Oscar que vale a pena ser assistido.

 

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