THE SESSIONS, EUA, 2012, 95 MIN. DRAMA
ELENCO:
JOHN HAWKES – MARK O’BRIEN (1949-1999)
HELEN HUNTS
– TERAPEUTA CHERYL
WILLIAM H.
MACY – PADRE
MOON
BLOODGOOD –
Apesar de serem filmes que
retratam homens deficientes, o ótimo Intocáveis e As sessões
seguem linhas completamente opostas. Mark O’Brien, poeta e jornalista formado
em Berkeley e orador brilhante de sua turma, vive só e responsabiliza-se por
seu sustento com seu próprio trabalho. Baseado em um artigo sobre Deficiência e
Sexualidade, o ótimo diretor Ben Lewin, ele mesmo um paraplégico, dirige este
humano e magnífico trabalho. Mark era um garoto normal até os seis anos, quando
contrai poliomielite e fica totalmente paralisado do pescoço para baixo, apesar
de ter conservado a sensibilidade. O filme começa quando ele, já adulto em
1988, recebe uma proposta para escrever sobre a sexualidade nos desabilitados.
Não tendo muitos amigos e sendo católico fervoroso, resolve se confessar, ou
melhor, se aconselhar com o padre de sua paróquia. Sendo virgem aos 38 anos,
apesar de já ter tido várias ereções espontâneas, quer saber se seria pecado
ter uma mulher no sentido bíblico. O padre, depois de olhar para um Cristo
crucificado em sua frente, resolve absolvê-lo uma vez que Deus provavelmente
fecharia os olhos para esta exceção. Com a ajuda de uma acompanhante chinesa e
um homem, vive deitado em uma maca com um pulmão de aço sobre ele, tendo
somente 4 horas por dia para livrar-se do aparato. O seu problema é tão grave
que escreve e realiza pequenas tarefas com a boca, apertando botões.
Persistente, acaba encontrando uma eficiente e séria terapeuta sexual, casada
com um filósofo, que promete ajudá-lo em seis sessões ou menos, daí o título do
filme. Ambos sentem uma grande empatia e John Hawkes, brilhantemente encarando
o herói, cede aos pedidos de Cheryl, Helen Hunt apontada para o Oscar de melhor
atriz coadjuvante. Entre eles surge um “amor”, que ajuda muito para que sua
missão seja cumprida já na quarta sessão. Ele se mostra além de inteligente,
carismático e o homem que qualquer mulher gostaria de ter como parceiro sexual.
Após algum tempo, Mark, finalmente, encontra sua parceira ideal e tem uma vida
feliz e plena por anos. Apesar do final inesperado da trama, a história
consente que o espectador se sinta identificado com os acontecimentos. Ben
Lewin está tão intenso em seu papel, que poderia concorrer ao Oscar de melhor
ator. Mais um concorrente ao Oscar que
vale a pena ser assistido.
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