BRASIL-ALEMANHA, 2014, 106 MIN. DRAMA.
ELENCO:
WAGNER MOURA – DONATO
JESUÍTA BARBOSA – AYRTON
CLEMENS SCHICK – KONRAD
SABINE TIMOTEO
Considerado um de seus melhores
filmes, esse drama conta o relacionamento entre dois jovens, muito bem filmado,
com belíssimas paisagens e poucos diálogos. Sendo totalmente contemplativo se
divide em três partes, Brasil, Berlim e o encontro com Ayrton na Alemanha. A
fala é, na maioria das vezes, substituída pelas ações e expressões de seus personagens.
Tudo começa na perigosa Praia do Futuro, Ceará, quando dois motoqueiros
exploram as belas dunas de areia da região e acabam com um mergulho no mar
cristalino. São dois alemães, contudo um deles acaba morrendo afogado, apesar
dos esforços do salva-vidas e bombeiro Donato (ótimo Wagner Moura). Sendo sua
primeira perda, vai levar os pertences do jovem falecido para seu amigo Konrad.
A partir daí, forma-se uma ligação amorosa instantânea entre eles que levará
Donato a desistir da mãe e do irmãozinho e seguir para Berlim, cidade onde se
sentirá acolhido e livre. No segundo ato é apresentada sua fase de adaptação a
um país tão diferente e gelado, sendo que ele sente falta do sol e da paisagem
de sua terra. Konrad tem uma oficina e não quer que ele parta. Depois de muitos
anos temos a terceira parte, quando o já rapaz Ayrton chega à capital
germânica, a fim de ajustar contas afetivas com Donato, que o abandonou e à
família sem uma palavra de explicação. São cenas de grande comoção, entre
brigas físicas e carinhos guardados. Konrad, que já havia se separado de Donato,
volta para ver Ayrton, com um desfecho aberto e significativas imagens. Um
filme nacional bastante distanciado da media produzida no Brasil e com grandes
resultados. Esse premiadíssimo diretor franco-brasileiro tem uma biografia que
vale a pena ser consultada.
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