THE THEORY
OF EVERYTHING, REINO UNIDO, 2014, 123 MIN. DOCUDRAMA
ELENCO:
EDDIE
REDMAYNE – STEPHEN HAWKING
FELICITY
JONES – JANE HAWKING
CHARLIE COX
– JONATHAN JONES
O premiado diretor inglês James
Marsh consegue uma proeza e tanto com essa biografia que aborda mais o lado
pessoal do que o acadêmico do maior cientista vivo da atualidade – o inglês
Stephen Hawking - que aos 73 anos ainda contribui efetivamente para a teoria
das regras da relatividade geral com as da física quântica para esclarecer a
formação do universo. Eddie Redmayne para representar essa personalidade
reverenciada teve uma atuação duríssima, pois o físico é portador de esclerose
lateral amiotrófica, ELA, desde os vinte anos, tendo somente um músculo para ajudá-lo
a se comunicar com o mundo. O esforço de
Felicity Jones também não fica por menos, pois ambos são candidatos ao Oscar de
melhor ator e melhor atriz. A atuação do jovem Eddie é tão impressionante, que
várias vezes nos esquecemos de que ele não é o verdadeiro Stephen. Na década de
60, era estudante de cosmologia na Universidade de Cambridge e Jane de
literatura ibérica medieval. O filme começa com os dois se encontrando na
Universidade, casualmente, e uma atração instantânea ocorre entre eles. Começam
um namoro alegre e inteligente, quando a notícia da doença é diagnosticada e o
médico friamente lhe dá apenas dois anos de vida. Stephen isola-se e rompe o
namoro, mas a obstinada Jane não deixará por menos e eles se casam, pois sem ela
essa história não estaria sendo contada. Stephen, apesar de muito tímido, é um
homem cheio de humor e sensualidade, sendo fiel leitor da revista masculina
Penthouse. Recebe um doutorado precoce por sua mente brilhante e não pretende
parar com suas pesquisas. Suas condições físicas vão piorando com certa precocidade,
todavia eles têm três filhos e o Stephen continua vivo e mais ativo do que nunca. Entretanto, a carga de trabalho
de Jane torna-se muito grande e ela quase entra em colapso, quando sua mãe sugere
que entre para o coral da igreja, onde teria momentos só seus, já que possuía
uma linda voz. O maestro do coral, Jonathan, a acolhe imediatamente e passa a
haver uma grande cumplicidade entre eles, pois era um jovem viúvo sem filhos,
oferecendo-se para auxiliá-los. Stephen o recebe de braços abertos, assim como
as crianças. Ele será o braço direito para a família, já que o casal não possuía
meios para pagar um acompanhante. A convivência entre Jane e Jonathan só faz
crescer a amizade em sentimento amoroso para ambos. Quando nasce o terceiro
filho do casal, as pessoas começam a comentar e ele se afasta completamente da
família. Uma mulher muito credenciada passa a tratar de Stephen, que a esta
altura está bem dependente e com o humor prejudicado. Ele tem vários livros
publicados e é um dos cientistas mais famosos do planeta. Quando uma chance de
ir aos Estado Unidos surge, não hesita em retirar a carga dos ombros de Jane,
agora casada com ele há 26 anos e seguir viagem com sua enfermeira, que também
o admira sob todos os aspectos e se unem. Jane e Jonathan também se casam e
ficam com os filhos. Contudo, quando a rainha oferece uma comenda a ele, é Jane
que o acompanha até o palácio. É uma imensa satisfação ver que um homem que
para falar precisa de uma voz robótica, ainda preserva uma mente lúcida e
excepcionalmente genial, ajudando a humanidade na descoberta da formação do
universo. Além do mais continua com humor típico dos ingleses e uma boa dose de
erotismo. Hoje em dia separou-se de sua segunda mulher, mas saiu recentemente
nos jornais que teria se casado pela terceira vez. Jane e Jonathan continuam
juntos e felizes. O filme é uma verdadeira lição de genialidade e perseverança,
sendo descrito de maneira mais suave do que deve ter sido a verdadeira
convivência com o gênio. O longa tem mais três indicações para o Oscar: melhor
filme, roteiro adaptado e a maravilhosa trilha sonora de Jáhann Jóhannsson.
Absolutamente Imperdível! Foi baseado na autobiografia de Jane Hawking, que
também ajudou durante a filmagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário